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FUTEBOL
Meia-atacante entra no final do 1º tempo, dribla, passa a bola aos companheiros, chuta e Brasil vence Paraguai
Com Denílson, Brasil ginga e se classifica
DOS ENVIADOS A CALI
O jogador que mais foge do padrão preferido pelo técnico Luiz
Felipe Scolari foi o principal responsável por manter o time do
treinador na Copa América-2001.
Com seus dribles, um gol e dois
passes que originaram outros
dois para a seleção brasileira, o
meia-atacante Denílson, esquecido desde a Copa da França, mudou o panorama do jogo em que
mais uma vez o time nacional teve
fraca atuação.
Até o jogador do Betis (ESP) entrar, no final do primeiro tempo,
o Brasil perdia por 1 a 0 e, sem
criatividade alguma, penava para
chegar ao gol paraguaio.
Com Denílson, o time passou a
driblar e, mesmo com um jogador
a menos, virou a partida e garantiu a classificação.
Os números do Datafolha atestam a mudança efetuada no time
pela entrada do meia-atacante.
Mesmo atuando pouco mais de
45 minutos, o jogador foi o brasileiro, junto com o lateral-esquerdo Júnior, que mais driblou -foram sete no total.
Ele também não teve medo de
finalizar -no total, chutou quatro vezes ao gol paraguaio, outro
recorde brasileiro na partida, que
começou em ritmo lento.
O primeiro gol do encontro
aconteceu depois de uma jogada
individual paraguaia pelo lado esquerdo da defesa brasileira. Antes
da conclusão, Emerson derrubou
o rival e cometeu pênalti, convertido por Alvarenga, aos 11min.
Depois do gol, o Brasil iniciou
uma sequência de passes e cruzamentos errados, principalmente
com Ewerthon e Júnior.
Nervosos, os jogadores do time
nacional davam espaços para os
rivais e cometiam faltas desnecessária -em uma delas, no meio-campo, Roque Júnior recebeu o
cartão amarelo.
Só nos 15 minutos finais da primeira etapa o Brasil ameaçou o
gol paraguaio, mas o time falhou
também nas finalizações.
Com dois minutos para o final
do primeiro tempo, Ewerthon sofreu uma contusão na coxa direita
e deu lugar para Denílson, que logo no seu primeiro lance, fez jogada individual e serviu Alex, que
desperdiçou a chance.
O começo da segunda etapa começou com muitas reclamações
dos brasileiros contra o juiz argentino Angel Sánchez -no intervalo, Scolari já havia o chamado de "safado". Os atletas do Brasil reclamaram de dois pênaltis,
um sobre Guilherme e outro em
que o paraguaio teria colocado a
mão na bola.
Tanto nesse momento do jogo
como na primeira etapa, o time
nacional não aproveitava as chances que tinha nas bolas paradas.
Do início do jogo até os 10min
do segundo tempo, foram 14 escanteios a favor do Brasil -só o
meia Alex cobrou 13, nenhum
com eficiência.
A situação do time de Scolari
parecia que ficaria mais crítica aos
14min, quando Roque Júnior fez
nova falta violenta e foi expulso.
Dois minutos depois, entretanto, Denílson driblou um rival e tocou para Alex, que da entrada da
área, chutou forte para empatar o
jogo. Na comemoração, com "raiva", o meia, conhecido pelo seu
estilo frio, correu para abraçar
Scolari, seu técnico no Palmeiras.
No resto da partida, Denílson,
nos contra-ataques, continuou a
ser a maior arma ofensiva do time
brasileiro, que era acuado pelos
paraguaios, que jogavam com sua
formação reserva.
Aos 45min, em mais uma grande jogada de Denílson, o Brasil,
por meio de Belletti, marcou o segundo. Já nos acréscimos, foi a
vez do próprio Denílson marcar
em chute de longa distância e coroar sua grande atuação.
(FÁBIO VICTOR E SÉRGIO RANGEL)
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