São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2004

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Na festa, técnico já pensa em Atenas

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem bem viu a seleção subir ao topo do pódio em Roma, o técnico Bernardinho já estava pensando no próximo passo da preparação para os Jogos de Atenas.
"Não dá para comemorar muito, amanhã [hoje] já começo a ver o que a gente fez de bom e ruim na Liga. Temos de voltar para casa e nos fecharmos em nossa rotina de treino e concentração".
O discurso do técnico ecoou entre os jogadores. Ontem, logo após a conquista do tetra, Olimpíada foi a palavra mais citada.
"A Liga foi só nosso objetivo inicial, agora temos o torneio olímpico", afirmou Giovane, que, ao lado de Maurício, conquistou o ouro em Barcelona-1992.
Giba, melhor jogador do Brasil nas finais, também citou a Grécia.
"Essa vitória foi muito importante depois de tudo que passamos, mas o time precisa melhorar bastante ainda. Amanhã já pensamos em Atenas. O Rodrigão, o Nalbert e o Giovane ainda não se recuperaram, precisamos juntar mais força ainda", afirmou.
A seleção tem a chegada ao Brasil prevista para amanhã. Os jogadores devem ter folga até o fim da semana antes de se apresentarem no CT de Saquarema, no Rio.
Bernardinho queria aproveitar a estada no país para fazer amistosos contra alguma seleção, mas deve ter seu plano frustrado. A Confederação Brasileira de Vôlei ainda não encontrou equipe interessadas em viajar ao Brasil.
Os brasileiros só devem mesmo enfrentar duas vezes a França, onde fazem a aclimatação para a Olimpíada. A chegada à Grécia está prevista para 4 de agosto.
Outro plano de Bernardinho, no entanto, deve ser mantido. O treinador espera contar com jogadores altos nos treinos. Eles fariam as vezes dos "gigantes" russos, que não disputaram a Liga.
O técnico não sabe quando vai anunciar os 12 jogadores que vão à Olimpíada. Ele quer esperar até os "48 minutos do segundo tempo" para fazer cortes.
Nalbert segue fazendo fisioterapia e já treina com bola. Rodrigão ainda se recupera de uma lesão.
A lista dos atletas deve ser entregue até quarta-feira. Em casos excepcionais, o Comitê Olímpico Internacional e algumas Federações Internacionais podem autorizar substituições. (ML)


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