São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008

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Pane no 1º tempo derruba Brasil

Após início equilibrado, Alemanha abre diferença no 2º quarto e encerra sonho do basquete masculino

Alemães, croatas, gregos e porto-riquenhos continuam na disputa pelas 3 vagas em Pequim que estão em jogo no Pré-Olímpico Mundial


DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção masculina conseguiu equilibrar só o primeiro quarto do duelo contra a Alemanha ontem, pelas quartas-de-final do Pré-Olímpico Mundial de Atenas. A derrota por 78 a 65 eliminou o Brasil da disputa pelas vagas em Pequim. Hoje, as semifinais terão Alemanha x Croácia e Grécia x Porto Rico. Os vencedores carimbam passaporte para a China. Os perdedores voltam à quadra amanhã, para decidir o último país que integrará o torneio olímpico de basquete. O Brasil iniciou a partida de ontem, com a Alemanha, fazendo boa marcação sobre Nowitzki e Kaman, melhores jogadores do rival. Com isso, terminou o primeiro quarto só um ponto atrás do oponente (14 a 13). No período seguinte, o Brasil até comandou o placar, mas logo houve uma pane geral no ataque. E, na defesa, a seleção deu seguidamente espaço para os arremessos de três pontos que, com precisão alemã, caíam seguidamente. No jogo, foram 13 acertos em chutes de longa distância em 26 tentativas. Já o Brasil, por sua vez, teve aproveitamento sofrível atrás da linha de 6,25 metros: 16%. O ala-armador Marcelinho Machado acertou apenas um de seus sete chutes de longe. "Nosso problema hoje [ontem] foi o ataque, principalmente no final do segundo quarto", disse o pivô Tiago Splitter, cestinha do Brasil, com 16 pontos. Com o desempenho do segundo quarto -marcou quase 40% de seus pontos nesse período-, a equipe alemã foi para o intervalo já com uma vantagem significativa: 45 a 26. "A diferença do segundo quarto [31 a 13] decidiu o jogo", afirmou o técnico Moncho Monsalve. No terceiro quarto, à luz do placar, o técnico alemão Dirk Bauermann promoveu maior revezamento de jogadores -11 atuaram, contra oito do Brasil. Os constantes acertos da Alemanha nos arremessos de longa distância, principalmente com o armador "baixinho" Roller (1,80 m em um time com média de altura de 2,02 m), obrigaram a seleção a abrir a marcação para o perímetro. Sem dobra no garrafão, Nowitzki e Kaman dominaram os rebotes, ajudando a Alemanha a ter mais chances de arremesso. Os dois pegaram 21 dos 41 rebotes da equipe na partida. Os brasileiros recuperaram 33 bolas embaixo da tabela. No último quarto, a desatenção alemã, combinada com uma defesa nacional por pressão, propiciou contra-ataques do Brasil, que roubou 12 bolas contra só uma dos alemães. Imprimindo velocidade ao jogo, a seleção mostrou pequena reação, diminuindo a diferença para 13 pontos (63 a 50). No entanto, não chegou a ameaçar o triunfo alemão. Nowitzki foi o cestinha do confronto, com 20 pontos. Roller marcou outros 15, todos em arremessos de três pontos.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)

BRASIL (65) - Marcelinho Huertas (9), Alex (8), Marcelinho Machado (11), JP Batista (8), Tiago Splitter (16); Baby (2), Duda (7), Jonathan (4);
ALEMANHA (78) - Wysocki (10), Greene (14), Hammann (5), Nowitzki (20), Kaman (12); Roller (15), Garrett (2), Femerling (0), Olbrecht (0), Zwiener (0), Schultze (0)



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