São Paulo, Segunda-feira, 19 de Julho de 1999
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5 chefes são naturalizados

da Reportagem Local

Dos estrangeiros naturalizados que integram a delegação brasileira que vão a Winnipeg, cinco são chefes de equipe: Yong Min Kim (taekwondo), Luís Manuel Barreto (badminton), Maurício Galindo Rodriguez (pólo aquático masculino), Shuhei Tsuji (beisebol) e Paul Imbriaco (canoagem).
Há 23 anos no Brasil, o coreano naturalizado Kim, 54, fundador da Confederação Brasileira de Taekwondo, crê que o fato de ser natural do país de maior tradição na modalidade torna mais fáceis os contatos no exterior.
""O fato de saber falar a língua coreana, a própria identificação física, todos esses detalhes ajudam quando se está tratando com o pessoal da federação internacional", reconhece o dirigente, que já foi até personagem de revistas em quadrinhos e programas de TV.
Natural de Portugal, Barreto, de 49 anos, é outro estrangeiro que fundou uma confederação -a de badminton- após ganhar a cidadania brasileira. Como atleta, foi campeão português.
Ele aponta outras vantagens do fato de ser originário de um país onde a modalidade que dirige no Brasil é mais desenvolvida.
""Não sou técnico, não é esse o tipo de contribuição que posso dar para o esporte. Mas só pelo fato de ter vindo de um país onde o badminton é mais forte, tem mais tradição, é uma vantagem na hora de organizar eventos, acertar o calendário etc", explica Barreto.
No cenário internacional, a seleção de Portugal está um nível acima do Brasil. Em Mundiais, o Brasil compete no grupo (ou nível) seis. Portugal, no cinco.
Tsuji chefiará a equipe de beisebol nos Jogos Pan-Americanos. Herdou dos ancestrais japoneses a paixão pelo beisebol, esporte que tem com principais centros o Japão e os EUA.
Outro japonês naturalizado brasileiro integrará a equipe da modalidade em Winnipeg. Mitsuyoshi Sato será o técnico, porém reconhece que as raízes japonesas provavelmente não serão o suficiente para impulsionar o time brasileiro ao ouro.
""Será muito difícil bater os EUA ou Cuba, os mais fortes candidatos ao ouro. Além deles, outros times com tradição no esporte estarão participando. Acho que só o fato de estarmos competindo já é motivo de comemoração", diz.
O Pan-Americano funcionará como seletiva do beisebol para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000. (EO)

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