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PAN-AMERICANO
COB chama maior número de técnicos e dirigentes com know-how internacional para a disputa
Recorde de estrangeiros reforça Brasil
da Reportagem Local
O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) vai levar 17 profissionais estrangeiros para ajudar o desempenho do país no Pan-Americanos de Winnipeg (Canadá), que
tem início nesta semana.
Esse é o maior time estrangeiro
a integrar uma delegação brasileira na competição. Quatro anos
atrás, em Mar del Plata, na Argentina, havia 13, segundo o COB.
Vários estrangeiros chegaram
há pouco tempo, e sua permanência está ligada às medalhas que
conquistarem nesta edição.
A norte-americana Sandra Nitta, que dirigiu o time feminino de
pólo aquático de seu país em quatro Mundiais, abandonou uma
breve aposentadoria no início do
ano para trabalhar com o Brasil.
""Dirigir as brasileiras é uma situação familiar para mim, pois
elas estão em um estágio similar
àquele dos EUA há uns dez anos."
Uma das principais contribuições que a técnica traz é a experiência em situações comuns em
competições internacionais e os
aspectos psicológicos envolvidos.
""Após um treino, estávamos no
vestiário quando Nitta mandou
que retornássemos. Era para nos
acostumar a eventuais prorrogações", disse a atacante Cristiana
Pinciroli, capitã da seleção.
A ucraniana Iryna Ilyashenko,
membro da comissão técnica do
time russo de ginástica artística
entre 87 e 92, é mais um exemplo
de reforço recente.
Apesar do pouco tempo no Brasil, onde chegou há quatro meses,
as dificuldades de comunicação
foram contornadas facilmente.
""Para seu trabalho, não é preciso ter um vocabulário extenso. É
tudo técnico, fácil de os atletas entenderem. E até as palavras do
dia-a-dia ela já está aprendendo",
explica Eliane Martins, chefe da
equipe no Pan-Americano.
Alguns estrangeiros vão dispor
de menos tempo ainda.
O mexicano Alfonso Saavedra,
que em Mar del Plata jogou pela
seleção de boliche de seu país, vai
encontrar os atletas brasileiros somente em Winnipeg.
""Enquanto isso, vamos mantendo contatos telefônicos com o
Alfonso, que é ex-campeão mundial. Ele passa dicas sobre equipamentos, como a preparação de
pistas e outras novidades", diz
Marco Areas, presidente da Confederação Brasileira de Boliche.
Se alguns estrangeiros terão de
mostrar resultados a curtíssimo
prazo, outros que atuam no Brasil
há algum tempo só agora ganham
a chance de acompanhar os brasileiros no Pan-Americano.
O armênio Vachagan Ter Meliksetyan, 48, técnico do time
masculino de ginástica, no país há
oito anos, vinha trabalhando só
com clubes. ""Agora que tenho essa chance, quero provar meu valor e colocar dois ou três atletas
(dos seis que dirige) nas finais",
diz.
(EDUARDO OHATA)
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