São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2004

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POLIVALENTE

Abaixo a "Egüinha Pocotó"

BARBARA GANCIA
COLUNISTA DA FOLHA

Correspondente exclusiva desta coluna nos Jogos, minha prima cretina da ilha de Creta, Strava Gancia, constatou que, na Grécia, ninguém ouviu falar em arroz à grega. Lá, eles só conhecem o arroz pilaf.
Está certo que os Jogos da Antigüidade eram uma festança de dar inveja ao nosso Carnaval, mas será que o vôlei de praia tem cacife para se manter como esporte olímpico?
Por mais que a gente goste da Adriana e da Shelda, dá para chamar de olímpica uma competição que é jogada ao som de hits disco dos anos 70, da "Egüinha Pocotó" e da "Macarena"?
Dá para levar a sério um esporte que se tornou a aposentadoria segura dos atletas de vôlei de quadra? Quando se aposentam, jogadores de futebol vão à praia praticar o futevôlei. E os Nalberts buscam refúgio no vôlei de praia.
Não sou fã do nado sincronizado, que está mais para balé do que para contenda esportiva. Mas o vôlei de praia é ainda menos "olímpico". No lugar desse esporte de recreação, cuja única serventia é distrair quem faz fotossíntese na praia, que tal ver na Olimpíada mais um esporte individual, como o golfe?


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