|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
POLIVALENTE
Abaixo a "Egüinha Pocotó"
BARBARA GANCIA
COLUNISTA DA FOLHA
Correspondente exclusiva desta coluna nos Jogos,
minha prima cretina da ilha de
Creta, Strava Gancia, constatou
que, na Grécia, ninguém ouviu
falar em arroz à grega. Lá, eles
só conhecem o arroz pilaf.
Está certo que os Jogos da Antigüidade eram uma festança de
dar inveja ao nosso Carnaval,
mas será que o vôlei de praia
tem cacife para se manter como
esporte olímpico?
Por mais que a gente goste da
Adriana e da Shelda, dá para
chamar de olímpica uma competição que é jogada ao som de
hits disco dos anos 70, da "Egüinha Pocotó" e da "Macarena"?
Dá para levar a sério um esporte que se tornou a aposentadoria segura dos atletas de vôlei
de quadra? Quando se aposentam, jogadores de futebol vão à
praia praticar o futevôlei. E os
Nalberts buscam refúgio no vôlei de praia.
Não sou fã do nado sincronizado, que está mais para balé do
que para contenda esportiva.
Mas o vôlei de praia é ainda menos "olímpico". No lugar desse
esporte de recreação, cuja única
serventia é distrair quem faz fotossíntese na praia, que tal ver
na Olimpíada mais um esporte
individual, como o golfe?
Texto Anterior: Memória: Hortência e Paula decretaram último revés em quadra Próximo Texto: Hipismo: No primeiro duelo marido x mulher da história dos Jogos, ela prevalece Índice
|