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Palmeiras abafa crise, e Caio Júnior banca Edmundo
Técnico e diretoria tentam contornar problemas criados
por atacante, que será titular da equipe contra o Flamengo
Gerente de futebol diz que é
necessário ter jogo de
cintura e que jogador não
merece levar puxão de
orelha por criticar o clube
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras entra em campo
hoje, às 16h, para receber o Flamengo sob o discurso de que
tudo anda às mil maravilhas no
Parque Antarctica.
Tudo isso, porém, após a semana em que o clube perdeu
seu principal patrocinador e o
melhor jogador desencadeou
um mal-estar ao reclamar de
atraso nos direitos de imagem e
do descaso com que vem sendo
tratado pelos dirigentes.
Neste universo à parte em
que o clube trabalha para abafar uma crise de relacionamento entre Edmundo e a diretoria,
o técnico Caio Jr. surge como
"bombeiro". Mas sabe que já
não pode esperar muito do
maior nome da companhia.
E como parte desta encenação, apesar de todo o barulho
criado à sua volta, Edmundo foi
bancado como titular e teve o
apoio velado de seu treinador
para seguir no time.
"Foi uma questão administrativa", afirmou o técnico, em
um tom feito para colocar uma
pedra no assunto.
Justamente ele, que no começo do Brasileiro passou por
um constrangimento ao ser
deixado no "vácuo" pelo atacante -que não gostou de ser
substituído diante do São Paulo
e ignorou o cumprimento do
treinador ao sair de campo.
Desde então, Caio Jr. esforçou-se para botar panos quentes na história. Em diversas
ocasiões, afirmou ter ótimo relacionamento com o atleta.
Já Edmundo vive um paradoxo. Ao mesmo tempo em que
suas entrevistas escassearam,
nos raros momentos em que
acontecem, são bombásticas.
Foi assim no gesto deselegante
com Caio Jr. Foi assim nas declarações da semana.
Além de reclamar do atraso
nos direitos de imagem, o atacante disparou diretamente
contra os dirigentes.
Ele afirmou que, se fosse na
atual gestão, dificilmente teria
sido trazido de volta ao Parque
Antarctica no final de 2005
-na ocasião, quem comandava
o futebol do clube era Salvador
Hugo Palaia, hoje encarregado
da diretoria financeira.
Mesmo estando na linha de
fogo do jogador, a cúpula palmeirense assumiu o discurso
de que tudo anda bem. E achou
desnecessário dar qualquer tipo de punição a Edmundo.
"Temos de ter jogo de cintura. Não é o caso de dar um puxão de orelhas nele. E a minha
porta está aberta para resolver
qualquer tipo de problema",
disse o gerente de futebol do
clube, Toninho Cecílio.
Fora do âmbito esportivo, os
dirigentes dizem não ter posição oficial sobre a saída da Pirelli -patrocinadora que injetava
R$ 590 mil por mês no clube segundo o tesoureiro, Ebem
Gualtieri. A empresa, que está
no Palmeiras há sete anos, tem
contrato até 31 de dezembro.
Nos bastidores, diz-se que a
diretoria analisa propostas de
patrocinadores. Oficialmente,
a mesma nega qualquer acerto.
Enquanto isso, Edmundo segue sorrindo entre os titulares.
NA TV - Palmeiras x Flamengo
Globo e Band (menos SP), às 16h
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