DA REPORTAGEM LOCAL

A organização da Olimpíada de Pequim alterou o procedimento tradicional para transporte de varas, em relação às competições de atletismo. É o que afirma o técnico de Fabiana Murer, Élson Miranda.
Segundo ele, normalmente todas as varas de uma atleta são colocadas dentro de um saco. Em cada uma delas constam as iniciais de cada saltadora.
"Tiraram do saco e botaram as varas [das atletas] em um só tubo. Reclamei, até porque achava que do outro jeito protegia mais, mas não mudou", contou Miranda. Na prova, Murer procurava seu equipamento nesses tubos.
O material é entregue pelas atletas antes dos Jogos aos organizadores, que passam a ser responsáveis por transporte e guarda.
Segundo o técnico, o equipamento perdido estava ajustado para os saltos de 4,55 m a 4,70 m.
As varas têm o mesmo tamanho, mas cada uma é ajustada com flexibilidade diferente, levando-se em conta o peso da atleta e a altura pretendida. Quanto mais alto o salto, mais duro é o instrumento.
Quando tentou passar de 4,65 m, Murer usava vara para 4,80 m. Passava o sarrafo, mas batia nele na queda por falta de flexibilidade do instrumento para jogá-la mais distante. "Cada vara tem ajuste específico para a posição da corrida. Ela [Murer] não teve como ajustar sua corrida", concluiu Miranda. (RM)


Texto Anterior: Atletismo: Organização esquece vara, e Murer fica fora do pódio
Próximo Texto: Maurren faz 2ª marca em eliminatória e se classifica
Índice