São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2010

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Mentor do Inter fala em deixar o clube

Fernando Carvalho, principal cartola do time gaúcho, dá sinais de que comanda o time só até o final do ano

DO ENVIADO A PORTO ALEGRE

A conquista do bicampeonato da Taça Libertadores pode ter sido a última façanha de Fernando Carvalho.
O vice-presidente de futebol do Inter, responsável por montar mais um time campeão, deve se retirar do dia a dia do clube gaúcho até o final do ano, após o Mundial.
Como nas conquistas de 2006 (Libertadores e Mundial), Carvalho teve papel decisivo neste ano. Foi ele quem repatriou Tinga, Rafael Sobis e Renan, decisivos no título conquistado ontem.
Fernando Carvalho sempre foi o dono da bola. Quando garoto, literalmente. Era ele quem organizava as peladas. Presidente entre 2002 e 2006 e arquiteto do time "campeão de tudo", Carvalho concentra poder no Internacional como poucos cartolas em outros times do país.
É até nome de troféu no Campeonato Gaúcho, que se divide em Taça Fernando Carvalho e Taça Fábio Koff, alusão aos ex-presidentes de Internacional e Grêmio.
Hoje vice de futebol, ele quer se desligar no final da temporada do clube, no qual foi também advogado e dirigente das categorias de base.
Antes, terá dois desafios. Ganhar o Mundial pela segunda vez sem poder contratar ninguém e domar um princípio de racha político.
Em dezembro, pouco antes do Mundial em Abu Dhabi, o Inter terá eleição presidencial. Carvalho e o presidente Vitório Píffero, que pelo estatuto não pode se reeleger, serão decisivos mesmo sem concorrer a nada.
O grupo que dirige o clube desde 2002 está dividido, com três pré-candidatos à presidência disputando as atenções de Carvalho e Píffero. "A situação é diferente da que encontramos quando assumimos", disse Píffero, ontem. "Agora que está bom, muitos querem comandar."
Os três pré-candidatos são Pedro Affatato, vice de finanças, Giovanni Luigi, assessor de futebol, e Mário Sergio Martins, atualmente o segundo vice-presidente do clube.
Carvalho e Píffero, por enquanto, trabalham para aparar arestas e formar uma chapa que reúna toda a situação.
Píffero deve assumir cargo relacionado à reforma do Beira-Rio para a Copa-2014. Carvalho almeja voos mais altos, como o Clube dos 13. (MARTÍN FERNANDEZ)


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