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TÊNIS
Com pífias atuações fora de casa na era Guga, Brasil enfrenta Canadá, piso e má fase de seu astro para não descer na Davis
País encara retrospecto para ficar na elite
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde 1997, quando voltou a ser
membro da elite da Copa Davis, o
Brasil nunca enfrentou problemas para manter essa condição.
Nas repescagens de 1997, 1998 e
2002, o país jogou em casa e não
encontrou dificuldades para derrotar seus adversários e se manter
no grupo dos 16 melhores.
Agora, pela primeira vez na era
Gustavo Kuerten, o Brasil tenta se
segurar na nata do torneio entre
países fora de seus domínios.
A equipe enfrenta a partir de
hoje até domingo o Canadá, em
Calgary. Os jogos serão no carpete, em quadra coberta, condições
estabelecidas pelos anfitriões -o
Brasil perdeu os três confrontos
que teve no carpete desde 1997.
Guga estreou na Davis em 1996
e, no ano seguinte, atingiu a primeira grande conquista de sua
carreira ao vencer Roland Garros.
Com a ascensão do maior tenista de sua história, o Brasil passou
a ostentar um novo status.
"É claro que o Guga mudou o
perfil da equipe. Qualquer time
perderia sem ele", afirmou o capitão brasileiro, Ricardo Acioly.
Além de jogar fora de casa, onde
venceu apenas um dos quatro
confrontos disputados desde
1997, o Brasil vê seu astro atravessar uma fase muito diferente da
de 2000, quando alcançou o topo
do ranking e comandou a equipe
até a semifinal da competição.
Kuerten já disse que não pensa
mais em ser o número um, e até a
volta ao top ten está distante.
Na semana passada, ele foi eliminado nas semifinais do Torneio da Costa do Sauípe.
Como não defendeu o título de
2002, caiu três posições no ranking e atualmente é o 17º.
Além disso, Guga afirmou que
desde a cirurgia no quadril direito
tem encontrado dificuldade para
manter o alto nível em partidas
longas, em melhor de cinco sets,
justamente o tipo de disputa que
enfrentará em Calgary.
Outro titular brasileiro nos jogos de simples, Flávio Saretta vive
o melhor momento de sua carreira e ocupa o 44º lugar do ranking.
Saretta, porém, tem pouca experiência em Davis. Disputou
dois jogos pela competição e registra uma vitória e uma derrota.
O triunfo foi obtido quando a
queda diante dos tchecos já estava
definida, em 2002. A derrota
aconteceu em fevereiro, na definição da vitória sueca. Na ocasião,
Saretta disse que sentiu a pressão.
"Isso [fazer apenas o terceiro jogo na Davis] não me preocupa.
Estou preparado", afirmou o número dois do Brasil, que disputa o
primeiro jogo do confronto, às
19h, contra Frederic Niemeyer.
Apesar de o Canadá não ter nenhum representante entre os top
200 em simples e não aparecer na
elite desde 1992, os brasileiros dizem não esperar facilidade.
"Nós temos uma pedreira pela
frente", declarou Guga, que enfrenta hoje Daniel Nestor. "Ele joga bem nesse tipo de piso e vai sacar e volear o tempo todo."
NA TV - Canadá x Brasil, ao
vivo, às 19h, na Sportv
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