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Cori recomenda ao Corinthians que implante auditoria mensal
Órgão de orientação quer que balancetes passem por vistoria independente
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir do próximo mês, os
balancetes financeiros mensais
do Corinthians terão de passar
pelo crivo de uma auditoria independente antes de serem divulgados pela diretoria. Essa é a
sugestão do Cori, Conselho de
Orientação do clube, discutida
na reunião de ontem.
O órgão pede que, a partir de
agora, o procedimento seja tomado para que operações financeiras como a que o clube
fez com o empresário Carlos
Leite (empréstimo de R$ 600
mil para a compra de Eduardo
Ramos e Wellington Saci) fiquem claras, além de evitar
contestações sobre os números
divulgados, fato costumeiro entre membros do Cori.
Apesar de ser um órgão oficial do clube, o conselho não
tem poder de obrigar que o Corinthians ponha em prática a
idéia. Cabe à diretoria decidir
se seguirá ou não a orientação.
A reunião, no entanto, não
satisfez os membros do Cori.
Eles esperavam a presença do
vice de finanças Raul Corrêa de
Silva, convidado para o encontro, mas o dirigente não foi.
O vice de futebol Mário Gobbi foi quem representou a diretoria executiva. O presidente
Andres Sanchez, que está em
viagem, já havia avisado ao órgão que não poderia ir.
Corrêa da Silva também disse ter comunicado sua ausência. "Depois que a reunião mudou de dia, pois era para ser na
terça-feira, eu já havia avisado
por escrito que não poderia ir
hoje [ontem]", disse à Folha.
Sobre a sugestão do Cori para a realização de auditoria
também nos balancetes -o balanço anual já passa por esse
processo-, o vice de finanças,
que falou com a reportagem
por volta das 22h30 de ontem,
afirmou ainda não ter tido conhecimento da orientação, mas
afirmou ser favorável a ela.
"Exceção feita pelo custo que
isso terá, é bom para o clube.
Dá mais transparência."
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