São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2008

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novo gás

Clássico do ano tem último ato

Palmeiras e São Paulo fazem quinto duelo no ano em jogo considerado por ambos como decisão

Clubes se reencontram no Parque Antarctica, levam a campo sonho do Brasileiro e chance de confirmar os rótulos de mais badalados

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O zagueiro Miranda, do São Paulo, que se vencer o Palmeiras nesta tarde, no Parque Antarctica, ultrapassa o adversário na classificação do Campeonato Brasileiro

EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles vão se enfrentar pela quinta vez no ano, e ainda tentam fazer valer os rótulos de times mais badalados do país. O vencedor hoje, se houver um, dará um largo passo para alcançar a glória que persegue desde que foram apontados como maiores favoritos ao título do Brasileiro no início do torneio.
Os caminhos de Palmeiras, respaldado pelo investimento de cerca de R$ 40 milhões da parceira Traffic, e São Paulo, o atual bicampeão brasileiro, vão se cruzar de forma derradeira, às 16h, no Parque Antarctica.
Palco que suscitou a principal crise do Choque-Rei nos últimos anos após o misterioso gás lançado no vestiário são-paulino no segundo duelo semifinal do Paulista, que acabou com triunfo palmeirense.
E que significou a arrancada para o título paulista do time, o único conquistado até agora pela equipe mais cara do país nesta temporada.
Hoje, com a promessa de um forte esquema de segurança dentro e fora do estádio, os dois clubes prometem tirar suas diferenças somente em campo.
Porque, de fato, como disse o técnico Muricy Ramalho, o São Paulo está "devendo". Assim como o Palmeiras.
No primeiro semestre, fracassaram em suas principais missões. O clube tricolor sucumbiu na Libertadores. O alviverde, na Copa do Brasil.
O Campeonato Brasileiro, tanto para um como para outro, virou a tábua de salvação e elevou ao grau máximo a importância do clássico. O caminho para o título, na avaliação de ambos os lados, passa por derrubar o rival nesta tarde.
Nesse cenário, a rivalidade se estende para fora do gramado. O sonhado título do Nacional ajudaria a alavancar o prestígio de seus presidentes.
Tanto Juvenal Juvêncio como Affonso della Monica desejam mais tempo de poder para tocar os projetos dos dois clubes para a Copa-14. A taça, avaliam, deve amansar eventuais adversários nesse caminho.
Para Muricy e Vanderlei Luxemburgo, a conquista do Nacional mira um outro objetivo. A seus modos, os dois treinadores já se candidataram para a vaga do contestado Dunga na seleção brasileira.
"É o jogo mais difícil da rodada pela colocação dos dois times na tabela", disse o palmeirense, que tem dois pontos a mais que o rival na competição (54 a 52). "Vai ser um bom jogo. As duas equipes tiveram uma semana para se preparar, e quando isso acontece, a parte física fica muito apurada", afirmou o são-paulino.
Cada um tem duas vitórias no clássico nesta temporada. Para terminar em vantagem no ano, deram nova cara às suas equipes. Os dois perderam suas principais estrelas, Adriano e Valdivia, e passaram a atuar de forma mais coletiva.
Curiosamente, depois disso, chegam à reta final do Brasileiro com mais fôlego. "Não vejo favoritos, mas posso dizer que somos muito competitivos", avaliou Juvenal Juvêncio. "Todos os times estão iguais", tem apostado Luxemburgo.


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