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novo gás
Clássico do ano tem último ato
Palmeiras e São Paulo fazem quinto duelo no ano em jogo considerado por ambos como decisão
Clubes se reencontram no
Parque Antarctica, levam
a campo sonho do Brasileiro
e chance de confirmar os
rótulos de mais badalados
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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O zagueiro Miranda, do São Paulo, que se vencer o Palmeiras nesta tarde, no Parque Antarctica, ultrapassa o adversário na classificação do Campeonato Brasileiro
EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles vão se enfrentar pela
quinta vez no ano, e ainda tentam fazer valer os rótulos de times mais badalados do país. O
vencedor hoje, se houver um,
dará um largo passo para alcançar a glória que persegue desde
que foram apontados como
maiores favoritos ao título do
Brasileiro no início do torneio.
Os caminhos de Palmeiras,
respaldado pelo investimento
de cerca de R$ 40 milhões da
parceira Traffic, e São Paulo, o
atual bicampeão brasileiro, vão
se cruzar de forma derradeira,
às 16h, no Parque Antarctica.
Palco que suscitou a principal crise do Choque-Rei nos últimos anos após o misterioso
gás lançado no vestiário são-paulino no segundo duelo semifinal do Paulista, que acabou
com triunfo palmeirense.
E que significou a arrancada
para o título paulista do time, o
único conquistado até agora
pela equipe mais cara do país
nesta temporada.
Hoje, com a promessa de um
forte esquema de segurança
dentro e fora do estádio, os dois
clubes prometem tirar suas diferenças somente em campo.
Porque, de fato, como disse o
técnico Muricy Ramalho, o São
Paulo está "devendo". Assim
como o Palmeiras.
No primeiro semestre, fracassaram em suas principais
missões. O clube tricolor sucumbiu na Libertadores. O alviverde, na Copa do Brasil.
O Campeonato Brasileiro,
tanto para um como para outro,
virou a tábua de salvação e elevou ao grau máximo a importância do clássico. O caminho
para o título, na avaliação de
ambos os lados, passa por derrubar o rival nesta tarde.
Nesse cenário, a rivalidade se
estende para fora do gramado.
O sonhado título do Nacional
ajudaria a alavancar o prestígio
de seus presidentes.
Tanto Juvenal Juvêncio como Affonso della Monica desejam mais tempo de poder para
tocar os projetos dos dois clubes para a Copa-14. A taça, avaliam, deve amansar eventuais
adversários nesse caminho.
Para Muricy e Vanderlei Luxemburgo, a conquista do Nacional mira um outro objetivo.
A seus modos, os dois treinadores já se candidataram para a
vaga do contestado Dunga na
seleção brasileira.
"É o jogo mais difícil da rodada pela colocação dos dois times na tabela", disse o palmeirense, que tem dois pontos a
mais que o rival na competição
(54 a 52). "Vai ser um bom jogo.
As duas equipes tiveram uma
semana para se preparar, e
quando isso acontece, a parte
física fica muito apurada", afirmou o são-paulino.
Cada um tem duas vitórias
no clássico nesta temporada.
Para terminar em vantagem no
ano, deram nova cara às suas
equipes. Os dois perderam suas
principais estrelas, Adriano e
Valdivia, e passaram a atuar de
forma mais coletiva.
Curiosamente, depois disso,
chegam à reta final do Brasileiro com mais fôlego. "Não vejo
favoritos, mas posso dizer que
somos muito competitivos",
avaliou Juvenal Juvêncio. "Todos os times estão iguais", tem
apostado Luxemburgo.
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