São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2008 |
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JUCA KFOURI Irritando Tostão - 2
NA QUINTA-FEIRA passada escrevi duas colunas. Uma para a edição nacional desta Folha, que fechou antes de Brasil x Colômbia, e outra para a que fechou depois. É normal. O título da coluna era "Irritando Tostão", como o de hoje. Daí, em respeito aos leitores que receberam a coluna pré-jogo da seleção, esta ter o número 2. A primeira dizia o seguinte: "Tostão andou bravo com quem faz previsões em futebol. Com razão. O melhor de todos nós, e bebedor da fonte de Mestre Armando Nogueira, aprendeu desde sempre que quem se aventura a prever resultados de jogos é sempre metade gênio, metade besta, porque a margem de acerto é igual à de erro, 50%. Melhor portanto, não prever. Razão pela qual vou apenas deixá-lo um pouquinho mais bravo. Escrevo antes de Brasil x Colômbia pelas eliminatórias, e você lê depois da vitória no Maracanã. Sim, porque não há o que me faça acreditar na possibilidade de novo empate, como o acontecido diante da Bolívia, no Engenhão. Depois me cobre." Pois é, me cobraram, e muito. E pensar que o colunista, espertíssimo, tinha tomado a maliciosa precaução de não dizer de quem seria a vitória para poder ficar com 66% das possibilidades de acerto... Mas a coluna seguia: "Só não me cobre pelo que vem a seguir, na avaliação dos três jogos mais importantes da 30ª rodada do Brasileirão, neste domingo, os jogos que envolvem os integrantes do G4. A começar por Palmeiras e São Paulo, no Palestra Itália. É natural e quase obrigatório que Vanderlei Luxemburgo considere seu time favorito. Como é hora também de Muricy Ramalho demonstrar confiança absoluta no taco de seu grupo. Como -por que não?- é natural que o colunista tenha o seu favorito. No caso, o São Paulo, até para ser coerente com a aposta de que o tricolor será o campeão brasileiro mais uma vez. Para tanto se exige uma vitória no campo do adversário, enorme "handicap" do São Paulo -com o perdão do uso da palavra estrangeira, mas adequada aqui para que certos professores de futebol deixem de usar o termo como se fosse algo favorável, e não exatamente o contrário. Já no Mineirão o palpite é mais complicado, porque a superioridade indiscutível do Cruzeiro terá pela frente o ânimo de um Galo que já tirou o Flamengo do páreo e que, com um empate, pode tirar também o histórico adversário. Façanhas para tornar menos terrível o ano do centenário. É isso, um empate. Algo impensável para o Grêmio, mesmo no Canindé e contra uma Lusa desesperada. Se ambos já decidiram um título em 1996, e os gaúchos se saíram melhor, agora é outra decisão na qual a vitória é obrigatória." Peço desculpas a quem releu os chutes já desferidos, um deles bem para fora, e os outros com grandes riscos de repetirem o vexame. Mas o que seria dos sensatos se não fossem os desaforados? Ora, aqui mesmo neste caderno você encontra dois exemplares dos primeiros, um da velha e outra da nova geração. Aproveite-os. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Por custos, FIA quer ressuscitar antiga F2 Próximo Texto: Inglês: Middlesbrough por cinco a zero Índice |
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