São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006

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Bosco pediu até para trocar de quarto no CT

DA REPORTAGEM LOCAL

Ele seguiu por mais um tempo usando o quarto que antes dividia com Bruno e Weverson.
Mas a lembrança dos colegas e a tristeza pelo fim trágico que os atingiu venceu o goleiro Bosco.
"Não agüentei e pedi para sair. Ia lá e via os objetos pessoais deles. As roupas. Foi muito duro, e achei melhor trocar de quarto."
Hoje é companheiro de Josué na concentração.
Espécie de irmão mais velho da dupla, Bosco via muito potencial na nova geração são-paulina.
Depois de três meses do acidente, o reserva de Rogério disse que o tempo ajudou a cicatrizar as feridas. Mas não esquece do companheiro Bruno, que segue hospitalizado e não recuperou os movimentos dos braços e das pernas.
"Ele está fazendo tratamento psicológico. Mas toda semana vamos visitá-lo", falou o goleiro.
O grau de amizade permitiu até que Bosco pudesse ajudar a família de Weverson. "O pai dele pediu uma ajuda. O Rogério tomou a frente de tudo, fez um rateio entre o elenco, e nós conseguimos levantar um dinheiro. Sei que isso não compensa a perda do filho, mas vai ajudar de alguma forma", contou.
Às vésperas de conquistar o primeiro título brasileiro, Bosco, que substituiu Rogério nas duas últimas partidas, encontra forças nas orações.
"Sempre peço por eles. Quando acontece uma coisa dessas, a gente repensa a nossa vida mesmo. E tenho certeza de que, se formos campeões, eles serão homenageados por todos aqui", comentou. (LF E TA)


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