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Bosco pediu até para trocar de quarto no CT
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele seguiu por mais um
tempo usando o quarto
que antes dividia com Bruno e Weverson.
Mas a lembrança dos colegas e a tristeza pelo fim
trágico que os atingiu venceu o goleiro Bosco.
"Não agüentei e pedi para sair. Ia lá e via os objetos
pessoais deles. As roupas.
Foi muito duro, e achei
melhor trocar de quarto."
Hoje é companheiro de
Josué na concentração.
Espécie de irmão mais
velho da dupla, Bosco via
muito potencial na nova
geração são-paulina.
Depois de três meses do
acidente, o reserva de Rogério disse que o tempo
ajudou a cicatrizar as feridas. Mas não esquece do
companheiro Bruno, que
segue hospitalizado e não
recuperou os movimentos
dos braços e das pernas.
"Ele está fazendo tratamento psicológico. Mas
toda semana vamos visitá-lo", falou o goleiro.
O grau de amizade permitiu até que Bosco pudesse ajudar a família de
Weverson. "O pai dele pediu uma ajuda. O Rogério
tomou a frente de tudo, fez
um rateio entre o elenco, e
nós conseguimos levantar
um dinheiro. Sei que isso
não compensa a perda do
filho, mas vai ajudar de alguma forma", contou.
Às vésperas de conquistar o primeiro título brasileiro, Bosco, que substituiu Rogério nas duas últimas partidas, encontra
forças nas orações.
"Sempre peço por eles.
Quando acontece uma coisa dessas, a gente repensa
a nossa vida mesmo. E tenho certeza de que, se formos campeões, eles serão
homenageados por todos
aqui", comentou.
(LF E TA)
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