São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006

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Por 2007, Palmeiras tenta fechar 2006

Vencer o Juventude pode permitir que time se livre de queda, e esforços ficariam para o planejamento do próximo ano

Em 2005, clube teve que se concentrar no Brasileiro até a rodada final e só depois começou a fazer planos para este ano, que fracassaram

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras iniciou 2006 ambicioso. Queria -e até seus dirigentes prometiam- voltar a ganhar títulos na elite do futebol. Passou o Paulista, a Libertadores, e nada. Chegou o Brasileiro, e com ele, ao contrário do esperado, veio o fantasma da luta contra o rebaixamento, companhia constante ao longo de toda a competição.
Pois agora o clube está querendo bem menos do que projetara para si neste ano. Fugir definitivamente da zona do descenso, passar a pensar somente no que deu errado e consertar para evitar um 2007 tão melancólico como 2006.
Uma vitória, hoje, contra o Juventude, em Caxias do Sul, pode transformar em realidade a última ambição palmeirense da temporada.
Com os 46 pontos que somaria em caso de triunfo no Sul, a comissão técnica e a diretoria do Palmeiras crêem ter se livrado do perigo de ir para a Série B -uma vitória do Corinthians, ontem, sobre o Fluminense, em partida que terminaria após o fechamento desta edição, ajudaria nessa tarefa.
Com isso, as atenções no Parque Antarctica poderiam se voltar para o que acontece na política do clube, efervescente pela proximidade da eleição presidencial, que acontece em janeiro, e para o destino do elenco alviverde em 2007.
Desde a vitória sobre o Botafogo, na rodada passada, o Palmeiras vive mais a expectativa de tentar definir o futuro de um elenco que não funcionou como se pretendia quando ele foi montado pela diretoria.
A lista de jogadores com destino incerto após o fim da temporada cresce a cada semana. Juninho, Enilton, Marcinho, Marcinho Guerreiro e Sérgio têm seus nomes envolvidos em possíveis saídas.
Juninho tem seu contrato a vencer no fim de dezembro, mas até agora não sabe se renova ou não. Segundo o gerente de futebol do Palmeiras, Ilton José da Costa, o jogador já foi informado do interesse do clube em mantê-lo por pelo menos mais um ano, mas um novo acordo ainda não foi discutido.
Já Enilton diz, entre uma frase e outra em que prega "pensar apenas no time", que seu empresário já tem nas mãos propostas de transferências para o exterior -o atacante pode ir para o futebol do Japão.
Os casos dos dois Marcinhos é um pouco diferente. O próprio Palmeiras quer negociar o volante e o meia para poder tapar parcialmente o buraco financeiro em que se meteu durante o ano. De acordo com alguns conselheiros ligados ao presidente Affonso della Monica, propostas pelos dois jogadores já chegaram ao clube, que pretende concretizá-las logo após o fim do Nacional.
Sérgio, em seus últimos dias do contrato vigente, não esconde que um novo acordo está praticamente descartado, sobretudo depois da ascensão de Diego Cavalieri.
O experiente goleiro tem como alternativa uma transferência para o Corinthians, onde o técnico Emerson Leão o espera de braços abertos.
Somente o fato de conseguir tirar as atenções o mais rápido possível de uma campanha fracassada no Brasileiro já seria um avanço para o Palmeiras, em relação ao que ocorreu no ano passado, quando o clube teve que lutar por vaga na Libertadores até a rodada derradeira e ficou com pouco tempo para se programar para este ano -motivo até agora apontado pelos cartolas como preponderante para o desempenho atual.


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