São Paulo, segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil, sem confiança, perde a 1ª na Copa

Seleção masculina cai por 3 a 0 diante dos EUA na estréia em pré-olímpico

Em sua primeira competição de 1º nível sem o levantador Ricardinho, afastado antes do Pan do Rio, equipe falha e é criticada por Bernardinho

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção masculina de vôlei perdeu ontem para os EUA em sua estréia na Copa do Mundo do Japão. O Brasil foi derrotado por 3 sets a 0, com parciais de 28/26, 30/28 e 25/20. O jogo foi em Matsumoto, com a presença de 6.500 torcedores.
A equipe brasileira, que atua novamente sem Ricardinho, é a atual campeã do torneio, que classifica três países para os Jogos de Pequim, em 2008 -12 seleções se enfrentam em turno único em busca da vaga.
Ricardinho, cortado pelo técnico Bernardinho pouco antes do Pan do Rio, em julho -o Brasil acabou campeão-, não retornou mais à equipe.
Ontem, o ataque do time pareceu sentir a ausência do antigo levantador titular, eleito o melhor jogador da Liga Mundial deste ano. Marcelinho não conseguiu reunir o mesmo arsenal de jogadas para desviar a atenção da marcação rival.
O bloqueio norte-americano obteve dez pontos em todo o jogo -o Brasil conseguiu sete.
Os EUA também tiveram vantagem no saque, tendo marcado cinco pontos nesse fundamento. Os brasileiros não pontuaram quando sacaram.
Para o treinador brasileiro, a equipe até teve o controle do jogo em alguns momentos, mas falhou na hora de decidir, o que determinou o revés de ontem.
"Nos dois primeiros sets, tínhamos a vantagem e a vitória nas mãos, mas não soubemos fechar. O Brasil começou bem, mas sentiu uma certa falta de confiança. Os erros no saque mostraram isso", analisou.
Bernardinho também criticou o pouco empenho de seus comandados no último set. "O que não pode acontecer é uma certa renúncia por pontos como ocorreu no terceiro set, já que a Copa do Mundo é por pontos, e não por sets", lembrou ele, referindo-se ao fato de o primeiro critério de desempate do torneio ser o ponto average (divisão dos pontos marcados pelos sofridos).
O ponta Giba, que admitiu ter feito uma "péssima partida", elegeu as falhas no ataque como o maior defeito da equipe. "Perdemos os dois primeiros sets nos detalhes. E isso é complicado diante de um time que não erra muito, como o dos EUA. Eles estiveram muito bem na defesa e no bloqueio. Além disso, não soubemos agüentar a pressão do saque adversário", comentou o jogador.
O técnico Hugh McCutcheon, dos EUA, festejou o triunfo contra o atual campeão mundial e olímpico, mas afirmou ainda não estar entusiasmado com seus comandados.
"O Brasil é sempre um grande desafio. Estamos felizes pela vitória, mas ainda temos muitos jogos pela frente. O tempo é curto para comemorar esse resultado", falou McCutcheon.
"O foco agora tem que ser no próximo jogo, contra Porto Rico. O objetivo na competição é a classificação para Pequim, e não apenas em uma vitória", completou o neozelandês.
O Brasil tenta a reabilitação hoje, contra a Espanha, atual campeã européia, às 7h35. Os espanhóis também estrearam com derrota, para a Bulgária, por 3 a 1. "Não imprimimos um bom ritmo. Espero que nosso time melhore daqui para a frente", afirmou Rafael Pascual, capitão espanhol.
Amanhã, no mesmo horário, os brasileiros enfrentarão o Egito, campeão da África, pela terceira rodada da competição.


NA TV - Brasil x Espanha Sportv, ao vivo, às 7h35

Texto Anterior: Federer ganha seu 4º Masters e manda recado ao mundo
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.