SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em encontro ontem no Palácio do Planalto, o técnico Luiz Felipe Scolari deu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma camisa com o nome de Frank Lampard, do capitão do Chelsea. Na saída, falou de tudo um pouco, desde Brasileiro até crise econômica mundial.
Scolari defendeu Dunga de forma veemente e, da mesma maneira, afirmou que não estará na Copa do Mundo da África do Sul.
"Ele [Dunga] está no caminho certo, eu já disse cem vezes e, se tiver que repetir pela 101ª vez, repito. Ele vem fazendo o que foi solicitado pelo presidente [da CBF, Ricardo Teixeira] e acho que numa eliminatória o terceiro lugar ou quarto ou primeiro não muda nada. Tem que classificar", afirmou.
Em seguida, complementou com ênfase: "Tem mais uma coisa para encerrar definitivamente qualquer pergunta: não quero, não pretendo, não vou estar na Copa do Mundo da África do Sul".
Scolari não ficou no Distrito Federal para assistir ao jogo entre Brasil e Portugal. O técnico voltou ontem para Londres.
Para evitar polêmica, preferiu não apontar quem é o melhor: Kaká ou Cristiano Ronaldo.
"Não existe [um melhor]. Eles têm qualidades distintas", desconversou.
Sobre o Brasileiro, disse que, analisando a tabela das últimas três rodadas, o São Paulo é favorito, mas acha que o Grêmio, time para o qual torce, ainda tem chance. "Deixando o São Paulo chegar, como deixaram, é um dos maiores candidatos, mas o Grêmio corre por fora e se o São Paulo tiver um tropeço o Grêmio habilita-se."
O treinador citou como os melhores do Brasil na área: Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes.
Scolari falou até sobre economia. Disse que tem aconselhado amigos no exterior a investirem no Brasil. "Uma das coisas que fiz questão de dizer ao presidente é que a nossa credibilidade em termos bancários é muito grande fora do país. As informações dadas a mim por algumas pessoas são de que, se pudessem investir muito mais no Brasil, investiriam", comentou.


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