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Fifa pune cartolas e encerra caso
COPA-2018 Após escândalo, entidade suspende dirigentes, mas não muda regras eleitorais
DE SÃO PAULO
Envolvida em acusações
de corrupção, a Fifa limitou-
-se a punir dois dirigentes flagrados negociando votos para a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
A decisão encerrou o caso.
Nenhum membro da entidade indicou que haverá continuidade das investigações
sobre o processo eleitoral,
nem mudanças nas regras.
O Comitê de Ética da Fifa
suspendeu e multou o nigeriano Amos Adamu e o haitiano Reynald Temarri, membros do Comitê Executivo da
Fifa, que votará as duas sedes das Copas em 2 de dezembro. Ambos foram gravados pelo jornal "Sunday Times" negociando seus votos.
O africano foi punido com
três anos longe do futebol
por aceitar propina -primeira pena por corrupção da Fifa. Temarri foi afastado por
um ano por quebra de lealdade e confidencialidade.
"É triste", afirmou o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke. "Mas foi necessário pelo que aconteceu. O jeito como o Comitê de Ética
reagiu mostrou como é importante mostrar que as coisas estão sob controle."
Os dois dirigentes disseram que recorrerão ao comitê
de apelação. "Não concordo
com a decisão", falou Adamu. O advogado de Temarri
disse não ter entendido se
seu cliente fora inocentado.
A Fifa tomou a decisão
preocupada com sua imagem. "Quando se fala da Fifa,
geralmente a atitude é negativa. Fala-se em corrupção",
disse o presidente do Comitê
de Ética, Claudio Sulser.
Mas a Fifa tomou medidas
brandas em comparação
com o COI (Comitê Olímpico
Internacional), quando este
se envolveu em escândalo de
venda de votos na eleição de
Salt Lake City à Olimpíada de
Inverno, em 1998.
A partir da denúncia, as investigações se estenderam a
37 candidaturas anteriores.
Houve apuração até do governo dos EUA. Dez membros do COI foram expulsos,
e houve revolução nas regras
eleitorais olímpicas.
A Fifa não mexeu em regulamentos, limitou-se a usar
provas do "Sunday Times" e
não expulsou ninguém. Com
o afastamento dos dois dirigentes, 22 membros do Comitê Executivo elegerão as sedes das Copas de 2018 e 2022.
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