|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SÃO PAULO TRICAMPEÃO
Técnico divide mérito por time "cascudo" do Mundial com Leão e diz que não deve priorizar a Libertadores
Autuori quer foco no Brasileiro em 2006
DO ENVIADO A YOKOHAMA
Um 2006 com a cara de 2005?
No calendário de competições do
São Paulo, pode até ser. Mas, se
depender do planejamento que o
técnico Paulo Autuori pretende
levar à equipe, o que vai mudar é a
prioridade: em vez da Libertadores, o Campeonato Brasileiro.
O treinador disse em Yokohama que o clube tem a necessidade
de voltar a vencer a mais importante competição nacional, embora saiba que a preferência da
torcida recaia na Libertadores.
"Acho importante sim. É um torneio muito forte, muito difícil, e
que o São Paulo precisa estar sempre brigando para tentar conquistar", falou o treinador.
Apesar do discurso em favor do
Nacional, será difícil Autuori
mantê-lo. Em 2006, pela primeira
vez na história, a Libertadores terá na mesma edição são-paulinos,
palmeirenses e corintianos.
Neste ano, no início do segundo
turno, com a recuperação do São
Paulo na tabela, Autuori chegou a
dizer que o time poderia disputar
o título, vencido pelo Corinthians.
Mas os líderes estavam longe, e o
planejamento rumo ao Mundial
já estava definido após a conquista da Libertadores: esquecer o
Brasileiro. Tanto que, nas rodadas
finais, o Nacional foi relegado a
um time misto.
Faz tempo que o clube do Morumbi não figura como o melhor
do Brasil. A última taça foi erguida em 1991, quando o time iniciava a sua era de ouro sob o comando do ex-técnico Telê Santana.
Curiosamente, nenhum dos titulares do técnico Paulo Autuori
tem no seu currículo um Brasileiro conquistado. O treinador, porém, despontou para o cenário
nacional com o troféu do Nacional de 95, vencido pelo Botafogo.
O Mundial de Clubes, por sua
vez, era uma lacuna finalmente
preenchida. Em 1997, Autuori havia sido campeão pelo Cruzeiro,
mas deixou o cargo por desavenças com a diretoria, que contratou
Nelsinho Baptista e foi vice.
Agora, seu desafio deverá ser o
de equilibrar a equipe, deixando
para trás o 3-5-2 vitorioso, que
não o agrada, em nome do 4-4-2.
"Confesso que foi um verdadeiro aprendizado. Mas o treinador
precisa adaptar o esquema ao
elenco que tem em mãos", disse.
Ao chegar ao São Paulo vindo
de uma temporada de críticas
com a seleção peruana, em abril
deste ano, encontrou o time afeito
ao sistema de três zagueiros, que
usava o apoio de Cicinho e Júnior,
e com estilo "cascudo", brigador,
do antecessor, Emerson
Leão.
(TONI ASSIS)
Texto Anterior: Artigo: O São Paulo é diferente Próximo Texto: Multimídia: Antes ignorado, Mundial é tema para lamentação Índice
|