|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dólar alto faz prêmio da São Silvestre despencar
Vencedor da prova levará US$ 10,6 mil, uma queda de 21,5% em relação a 2007
Corrida de rua paulistana, a mais tradicional do país, distribui premiação inferior até a competições similares realizadas em outros países
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A São Silvestre, mais tradicional prova de rua do país, está
neste ano ainda menos atrativa
para corredores estrangeiros.
A premiação divulgada pelos
organizadores do evento apresenta queda em relação ao que
foi distribuído no ano passado.
Segundo os números apresentados, quem vencer a corrida pelas ruas de São Paulo ganhará US$ 10,6 mil (R$ 25 mil).
Em 2007, o queniano Robert
Cheruiyot, campeão da corrida
após 45min57s, amealhou US$
13,5 mil (R$ 24 mil) -o valor se
refere ao câmbio do dia da competição. Ou seja, em um ano,
houve uma perda de 21,5%.
A premiação total também
decaiu. No total, a São Silvestre
distribuiu, no ano passado, US$
62 mil aos dez primeiros colocados da prova (R$ 110 mil).
Para o próximo dia 31, esse
número não passará de US$ 50
mil (R$ 118 mil). Neste item,
houve uma queda um pouco
menos acentuada, de 19,4%.
O declínio da premiação é
um reflexo da crise econômica
mundial. Devido à conjuntura,
os investidores internacionais
buscaram destino mais seguro
para suas aplicações ou fizeram
remessas para cobrir perdas no
exterior, gerando a valorização
do dólar em relação ao real.
Sem o pagamento de cachê
desde 2001, quando optou por
direcionar essa verba toda à
premiação, a São Silvestre ainda almeja se tornar mais
atraente aos estrangeiros.
"Nosso objetivo é aumentar a
premiação ano a ano. Para
2009, a meta é chegarmos a
US$ 15 mil", conta Thadeus
Kassabian, diretor de operações da Yescom e integrante do
comitê organizador da prova.
Os estrangeiros convidados a
competir em SP ganham só
passagem aérea e hospedagem.
Por ora, a premiação da São
Silvestre fica aquém até da de
provas similares no exterior.
A World Best 10k, principal
corrida de rua de Porto Rico,
por exemplo, pagou US$ 20 mil
aos seus vencedores em 2008.
Além disso, o evento também
prevê bônus por performance.
Com percurso menor do que
o da prova paulistana, a corrida
de San Juan, de 10 km, já atraiu
estrelas como Paula Radcliffe,
recordista da maratona, e Lornah Kiplagat, tricampeã do
Mundial de Meia-Maratona.
A São Silvestre, por sua vez,
não deve contar com a participação astros dessa grandeza.
Maior fundista do país na
atualidade, Marilson dos Santos, bicampeão da Maratona de
Nova York e da São Silvestre,
está fora da disputa deste ano.
Alegou uma contusão no pé.
Outro bicampeão, o queniano
Robert Cheruiyot, com lesão
no quadril, também está fora.
Ontem, ao menos, os organizadores anunciaram o nome
que deve ser a principal estrela
internacional da São Silvestre.
O queniano Evans Kiprop
Cheruiyot, 26, vencedor da Maratona de Chicago-08, uma das
cinco principais provas de
42,195 km do mundo, irá participar do evento em São Paulo.
Texto Anterior: Absolvido: Tardelli não sofrerá denúncia em inquérito do STJD Próximo Texto: Vanderlei diz almejar apenas chegar ao fim Índice
|