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Por acaso, atleta vira divulgador cultural do NE
DO ENVIADO A MASHANTUCKET
Sem a menor intenção, Sertão tornou-se um divulgador
cultural do Nordeste. As manias do nativo de Cruz das Almas -usar chapéu de cangaceiro no ringue e gritar "o sertão vai virar mar!" para as câmeras- surgiram de maneira
acidental. Mas já despertam a
atenção da mídia dos EUA.
Ao ser questionado pela Folha se é um admirador de Antonio Conselheiro, a quem a
frase é atribuída, Sertão mostrou-se perplexo. "Quem é?"
O pugilista diz que passou a
reproduzir a frase ao ouvi-la de
uma de suas ex-mulheres.
"Uma vez ela me disse que, já
que meu apelido era Sertão, seria legal se eu gritasse essa coisa
de "o sertão vai virar mar"..."
Ele lembra que seu desjejum
no Nordeste era café com farinha e que, muitas vezes, saía de
casa sem saber se iria almoçar.
"Não sei nada, mas entendi
que a frase significava que o lugar onde vivia com minha família, que é muito seco, um dia
teria coisas boas, como água e
comida para todos", completa.
Outro costume de Sertão
-subir o ringue com chapéu
de cangaceiro- também surgiu por acaso. No início da carreira, ele usava chapéu de caubói. "Depois de um tempo, até
os brasileiros que iam a suas lutas nos EUA ofereciam chapéus
de cangaceiro", conta o manager Servílio de Oliveira.
(EO)
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