UOL


São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Manso
Como era esperado, o Atlético-MG, em guerra com a CBF, ficou sem vaga na Copa Sul-Americana. Surpreendente foi a reação do time: após ir a Brasília pedir apoio ao ministro Agnelo Queiroz e prometer que armaria um escarcéu em caso de exclusão, o homem-forte do clube, Alexandre Kalil, disse ontem que vai esperar, pois "uma hora esses caras [da CBF] vão cair".

Oficial
A CBF indicou oficialmente ontem seis dos representantes do país no torneio: Santos, Corinthians, Grêmio, Fluminense, São Paulo e São Caetano, os melhores do Brasileiro-2002. Beneficiou os três primeiros, que já disputam a Taça Libertadores da América, e prejudicou Juventude e Atlético-MG, sétimo e oitavo. Os dois indicados da Conmebol são Cruzeiro e Flamengo.

Amnésia
Dessa forma, a CBF passa por cima de uma RDI (resolução de diretoria) de 2002 que dizia que os seus indicados seriam os times colocados entre o terceiro e o oitavo lugar do Brasileiro.

Interminável
A Federação Paulista entrou ontem com um recurso no Superior Tribunal de Justiça para tentar cassar a liminar que permitiu à Globo exibir o Paulista. A entidade solicita também que, caso mantenha a liminar, o STJ impeça a Record de mostrar os jogos -alega que a Globo repassou direitos que não tem.

Fogo cruzado
A declaração do presidente da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, de que o SBT é uma emissora de segunda categoria, deixou furiosos os executivos da TV paulista -que, em resposta, dizem que a alfinetada é motivada por uma crise vivida pelo departamento de Campos Pinto.

Ingresso virtual
Parte do site do Corinthians, a ser lançado em março, vai funcionar por assinatura. O dinheiro arrecadado será dividido entre o clube e a ESM, empresa responsável pela página. A procura é grande: em um mês e meio, 80 mil pessoas se cadastraram.

Uma ou outra
Como forma de pressão, conselheiros do Palmeiras fizeram uma proposta a Mustafá Contursi: ou o presidente tira licença até o final do Paulista ou faz as pazes com Eduardo Farah. A avaliação no Parque Antarctica é que, por causa da rusga, o time tem sido seguidamente prejudicado pelos árbitros no Estadual.

Esperança na virada
O Palmeiras diz ter descoberto mais três casos de irregularidades em times do Brasileiro-02, além do flamenguista Wendell. Um dos atletas teria jogado com idade e nome de um primo seu. Informantes têm alimentado os rebaixados Palmeiras, Lusa e Botafogo com documentos.

Negócio esquisito
O Bayern de Munique confirmou ter recebido cerca de US$ 20 milhões do grupo Kirch, que detinha os direitos de transmissão da Copa do Mundo e faliu no ano passado. A quantia não fazia parte do acordo firmado com todos os clubes da liga alemã. Mas o clube diz que o contrato foi anulado em dezembro.

Coincidência?
O presidente do Bayern no período é o mesmo do comitê organizador da Copa da Alemanha-2006, Franz Beckenbauer.

Sem delongas
O atacante Dodô, que move ação trabalhista contra o Botafogo, deixou a 25ª Vara da Justiça de Trabalho do Rio, ontem, desolado. Os advogados do clube carioca simplesmente alegaram que não há dinheiro para saldar a dívida, de 2001 e 2002. A audiência durou 15 minutos.

Sem fôlego
A polêmica continua a perseguir os preparadores físicos do Grêmio. A bola da vez é Geraldo Delamore, cujo trabalho tem sido questionado porque nos últimos jogos o time levou gols nos minutos finais. Amigo do técnico Tite, Delamore segue a trilha dos antecessores Darlan Schneider e Paulo Paixão, que deixaram o clube em meio a tiroteios.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do ex-jogador Neto, gerente de futebol do Guarani, sobre Jair Picerni, que, após montar a equipe e com contrato em vigor, trocou o clube de Campinas pelo Palmeiras:
- Enquanto eu for diretor do Guarani, o Picerni nunca mais entra no clube. Ele pisou na bola, e nunca aceitei a atitude dele.

CONTRA-ATAQUE

Corinthians Fashion Week

Vindo de Belo Horizonte e do Atlético-MG, o técnico Geninho teve uma semana para preparar seu apartamento paulistano quando assumiu o comando corintiano no mês passado.
Entre seus primeiros treinos e entrevistas, ele aproveitou para arrumar seu armário e distribuir as roupas que trouxe.
O primeiro critério em sua arrumação foram as cores. Não é que o roliço Geninho seja um adepto da cromoterapia, o emprego terapêutico das cores.
Na verdade, a fixação atende a razões puramente clubísticas:
- Coloquei bem na frente as roupas pretas, brancas e cinzas, que tem mais a ver com o Corinthians. Tinha umas peças com detalhes em vermelho, da época do título nacional pelo Atlético-PR, mas preferi deixar de lado, porque algum torcedor pode associar com o São Paulo, disse.
Revirando as malas, Geninho encontrou um par de camisas verdes, mas, no instante, trancou a mala com elas dentro:
- Vai que um dia estou meio distraído e vou ao treino com elas. Vão me chamam de palmeirense na hora, disse.


Próximo Texto: Lei do futebol extrapola futebol
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.