São Paulo, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

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Corinthians revê apostas ruins

Clube se desfaz de atletas que lhe custaram caro, mas que nunca corresponderam a investimento

Equipe cede Bruno Octávio, que renovou contrato com luvas de R$ 400 mil, sem custos ao Figueirense, que só terá de pagar os salários

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Torcedores acompanham treino do Corinthians no Parque
Ecológico do Tietê


EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI

DA REPORTAGEM LOCAL O Corinthians, mesmo endividado, fez apostas altas em alguns jogadores na temporada passada. Investiu pesado em atletas que acabaram não vingando. Agora, tenta compensar esses erros, faturar ou, pelo menos, deixar de gastar com essas tentativas infrutíferas.
Nesse conjunto de atletas estão Bruno Octávio e Eduardo Ramos. Ambos custaram caro aos cofres do clube, mas não corresponderam às expectativas. Os dois, sem espaço no elenco, já foram negociados.
Bruno Octávio se despediu ontem do Parque São Jorge. Após se recuperar de cirurgia no joelho, o volante ficou fora dos planos de Mano Menezes. Foi emprestado de graça ao Figueirense. O clube catarinense só ficou incumbido de pagar o salário de R$ 40 mil mensais a Bruno Octávio, valor que ele recebia do Corinthians.
Porém o volante, revelado no Parque São Jorge, já custou mais que isso ao clube. Na última renovação de contrato, no fim de 2007, Bruno Octávio recebeu R$ 400 mil referentes a luvas -valores que nunca conseguiu justificar com desempenho destacado em campo.
Mas, para o Corinthians, pior que a aposta na renovação de Bruno Octávio foi a aquisição de Eduardo Ramos.
Para contratar o meia, hoje emprestado ao Goiás, o clube precisou pedir R$ 600 mil emprestados a Carlos Leite, agente de diversos jogadores do atual elenco corintiano e também de Mano Menezes.
A diretoria do Corinthians justifica os empréstimos desses atletas, antes valorizados e agora dispensáveis, dizendo que a saída deles é para que readquiram a visibilidade que perderam no Corinthians ao irem parar na reserva.
"Eu fui jogador e sei que é melhor sempre estar jogando", diz o diretor técnico Antônio Carlos. "Fizemos um investimento. Se ele [Eduardo Ramos] aparecer bem no Goiás, é bom. Pode até se transferir para a Europa", diz o dirigente, em raciocínio que também serve para Bruno Octávio. "É melhor o jogador ser emprestado do que ficar parado no clube."
Outros corintianos que também custam caro ao clube podem ter destinos semelhantes aos dos dois meio-campistas.
É o caso de Acosta. O uruguaio, que recebe R$ 125 mil por mês, passou de maior contratação e atleta mais bem remunerado em 2008 a jogador com sua importância reduzida na temporada 2009.
Situação um pouco mais tranquila, mas ainda assim incômoda, vive Lulinha, que passou de promessa a craque a simples reserva, a despeito dos cerca de R$ 80 mil que recebe.


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