São Paulo, sábado, 20 de março de 2004

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Polícia vasculha federação do Rio

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Agentes da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais) realizaram ontem, por cerca de oito horas, uma operação na sede da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) para apreender documentos da contabilidade da entidade.
Desde o ano passado, o Ministério Público Estadual investiga suposto esquema de evasão de renda envolvendo dirigentes da Ferj em dois jogos no Maracanã em 2003 -a final da Copa do Brasil (Flamengo x Cruzeiro) e o clássico Flamengo x Vasco, pelo Nacional. Borderôs dos dois jogos mostram dados divergentes dos constatados por peritos criminais.
Apesar de os agentes terem obtido mandado de busca e apreensão na Justiça do Rio para ter acesso aos documentos, os funcionários da federação se recusaram a abrir o portão aos policiais.
Com a resistência dos funcionários, dois agentes da Draco pularam o muro da garagem da Ferj e arrombaram o portão para o delegado-adjunto Ricardo Codeceira entrar no prédio. De lá, eles seguiram para a contabilidade da federação e fizeram uma devassa nos documentos da entidade.
Os policiais ficaram dentro do prédio até o início da noite de ontem. Sem levar nenhum documento da entidade depois do final da operação, o delegado se recusou a dar declarações sobre a ação. Ele disse que o juiz da 37ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, Geraldo Prado, que concedeu o mandado, havia determinado que a investigação ficasse em segredo de Justiça.
O presidente da Ferj, Eduardo Viana, não apareceu ontem na sede da entidade. Até o fechamento desta edição, o dirigente não havia sido localizado pela Folha para comentar a ação da polícia.



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