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Polícia vasculha federação do Rio
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Agentes da Draco (Delegacia de
Repressão às Ações Criminosas
Organizadas e Inquéritos Especiais) realizaram ontem, por cerca
de oito horas, uma operação na
sede da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro)
para apreender documentos da
contabilidade da entidade.
Desde o ano passado, o Ministério Público Estadual investiga suposto esquema de evasão de renda envolvendo dirigentes da Ferj
em dois jogos no Maracanã em
2003 -a final da Copa do Brasil
(Flamengo x Cruzeiro) e o clássico Flamengo x Vasco, pelo Nacional. Borderôs dos dois jogos mostram dados divergentes dos constatados por peritos criminais.
Apesar de os agentes terem obtido mandado de busca e apreensão na Justiça do Rio para ter
acesso aos documentos, os funcionários da federação se recusaram a abrir o portão aos policiais.
Com a resistência dos funcionários, dois agentes da Draco pularam o muro da garagem da Ferj e
arrombaram o portão para o delegado-adjunto Ricardo Codeceira
entrar no prédio. De lá, eles seguiram para a contabilidade da federação e fizeram uma devassa nos
documentos da entidade.
Os policiais ficaram dentro do
prédio até o início da noite de ontem. Sem levar nenhum documento da entidade depois do final
da operação, o delegado se recusou a dar declarações sobre a
ação. Ele disse que o juiz da 37ª
Vara Cível do Tribunal de Justiça
do Rio, Geraldo Prado, que concedeu o mandado, havia determinado que a investigação ficasse
em segredo de Justiça.
O presidente da Ferj, Eduardo
Viana, não apareceu ontem na sede da entidade. Até o fechamento
desta edição, o dirigente não havia sido localizado pela Folha para comentar a ação da polícia.
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