São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 2006

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FUTEBOL

Depois de a Ponte Preta ter aberto 2 a 0 no placar, time marca quatro vezes e mantém perseguição ao líder Santos

Palmeiras vira e faz as pazes com torcida

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a vitória de 4 a 2 sobre a Ponte Preta, o Palmeiras terá, nesta semana, a chance de chegar a uma lua-de-mel com seus torcedores, que saíram ontem em estado de graça do Parque Antarctica.
Depois de estar perdendo por 2 a 0, Emerson Leão saiu de uma formação com praticamente quatro atacantes -Marcinho e Edmundo mais recuados, com Washington e Enílton à frente- que parecia arruinar a tarde no estádio. Fez mudanças táticas e conseguiu, já no primeiro tempo, uma importante vitória no Paulista, chegando ao segundo lugar.
"Os jogadores estão aprendendo a mudar o resultado de uma partida e o ânimo de sua torcida pelo seu próprio esforço. Hoje foi um dia em que não tivemos estrelas, mas tivemos um brilho bem interessante", disse o técnico.
Antes do jogo, já havia a sombra de protestos no Parque Antarctica. Do lado de fora, um carro de som da Mancha Alviverde circulava protestando contra a diretoria. Com a bola rolando, porém, a torcida se mostrou disposta a dar uma trégua logo aos 48s, quando Almir marcou de cabeça para a Ponte, livre de marcação. Os torcedores continuavam incentivando o time, que perdia chances claras de gol, até que Almir repetiu a dose, num contra-ataque rápido.
A essa altura, o Parque Antarctica desistia do jogo, criticava a equipe e vaiava a mudança que Leão fez aos 32min, quando tirou Enílton e pôs Cristian.
Mas foi essa mudança que equilibrou mais o Palmeiras, porque avançou Edmundo e ganhou mais marcação com o substituto. E, antes que transformasse sua própria casa num inferno, os jogadores mostraram garra para subjugar a eficiente e perigosa Ponte de Oswaldo Alvarez.
Com gols de Marcinho, que encerrou jejum de quatro jogos, Edmundo e do sempre perseguido Washington, as arquibancadas trocaram os gritos de "time medíocre" por uma festa verde.
Para dar mais consistência ao setor defensivo, Leão tirou Cristian e pôs o zagueiro Thiago Gomes, auxiliando Gamarra. Enquanto o jogo perdia em emoção, o Palmeiras ficava mais sólido.
Ao fim da partida, cujo ritmo caiu muito no meio do segundo tempo, até os perseguidos Lúcio e Correa foram aplaudidos.
A tarde parecia já ser completa para os alviverdes quando os alto-falantes anunciaram a derrota corintiana em São José do Rio Preto. No próximo domingo, os times se enfrentam no clássico paulista.
Faltava só algo para recordar de um segundo tempo tecnicamente fraco. Coube a Marcinho Guerreiro sofrer a falta que Paulo Baier bateu nos acréscimos. O próprio Guerreiro completou de cabeça, decretando o 4 a 2 final.
Que só foi mantido graças a uma defesa eletrizante de Sérgio, que impediu que a cabeçada de Almir esfriasse os ânimos.
Agora, o Palmeiras se prepara para pegar fora de casa o Rosario Central (ARG), na quinta, pela Libertadores. E, a dois pontos do líder Santos, a esperança no Paulista continua. "O campeonato está em seu esplendor", afirmou Leão.


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