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FUTEBOL
Depois de a Ponte Preta ter aberto 2 a 0 no placar, time marca quatro vezes e mantém perseguição ao líder Santos
Palmeiras vira e faz as pazes com torcida
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a vitória de 4 a 2 sobre a
Ponte Preta, o Palmeiras terá, nesta semana, a chance de chegar a
uma lua-de-mel com seus torcedores, que saíram ontem em estado de graça do Parque Antarctica.
Depois de estar perdendo por 2
a 0, Emerson Leão saiu de uma
formação com praticamente quatro atacantes -Marcinho e Edmundo mais recuados, com Washington e Enílton à frente- que
parecia arruinar a tarde no estádio. Fez mudanças táticas e conseguiu, já no primeiro tempo, uma
importante vitória no Paulista,
chegando ao segundo lugar.
"Os jogadores estão aprendendo a mudar o resultado de uma
partida e o ânimo de sua torcida
pelo seu próprio esforço. Hoje foi
um dia em que não tivemos estrelas, mas tivemos um brilho bem
interessante", disse o técnico.
Antes do jogo, já havia a sombra
de protestos no Parque Antarctica. Do lado de fora, um carro de
som da Mancha Alviverde circulava protestando contra a diretoria. Com a bola rolando, porém, a
torcida se mostrou disposta a dar
uma trégua logo aos 48s, quando
Almir marcou de cabeça para a
Ponte, livre de marcação. Os torcedores continuavam incentivando o time, que perdia chances claras de gol, até que Almir repetiu a
dose, num contra-ataque rápido.
A essa altura, o Parque Antarctica desistia do jogo, criticava a
equipe e vaiava a mudança que
Leão fez aos 32min, quando tirou
Enílton e pôs Cristian.
Mas foi essa mudança que equilibrou mais o Palmeiras, porque
avançou Edmundo e ganhou
mais marcação com o substituto.
E, antes que transformasse sua
própria casa num inferno, os jogadores mostraram garra para
subjugar a eficiente e perigosa
Ponte de Oswaldo Alvarez.
Com gols de Marcinho, que encerrou jejum de quatro jogos, Edmundo e do sempre perseguido
Washington, as arquibancadas
trocaram os gritos de "time medíocre" por uma festa verde.
Para dar mais consistência ao
setor defensivo, Leão tirou Cristian e pôs o zagueiro Thiago Gomes, auxiliando Gamarra. Enquanto o jogo perdia em emoção,
o Palmeiras ficava mais sólido.
Ao fim da partida, cujo ritmo
caiu muito no meio do segundo
tempo, até os perseguidos Lúcio e
Correa foram aplaudidos.
A tarde parecia já ser completa
para os alviverdes quando os alto-falantes anunciaram a derrota corintiana em São José do Rio Preto.
No próximo domingo, os times se
enfrentam no clássico paulista.
Faltava só algo para recordar de
um segundo tempo tecnicamente
fraco. Coube a Marcinho Guerreiro sofrer a falta que Paulo Baier
bateu nos acréscimos. O próprio
Guerreiro completou de cabeça,
decretando o 4 a 2 final.
Que só foi mantido graças a
uma defesa eletrizante de Sérgio,
que impediu que a cabeçada de
Almir esfriasse os ânimos.
Agora, o Palmeiras se prepara
para pegar fora de casa o Rosario
Central (ARG), na quinta, pela Libertadores. E, a dois pontos do líder Santos, a esperança no Paulista continua. "O campeonato está
em seu esplendor", afirmou Leão.
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