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Leão pede calma com perseguidos
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o treinador Emerson
Leão decidiu tirar o atacante Enílton para colocar o meia Cristian
na equipe do Palmeiras, na segunda metade do primeiro tempo,
ouviu vaias dos torcedores, que
queriam a cabeça de outro atleta
de frente, Washington.
Costumeiro alvo de vaias, o jogador acertou de cabeça um cruzamento de escanteio e decretou a
virada palmeirense no fim do primeiro tempo, anestesiando a fúria
das arquibancadas contra ele.
Sua festa, porém, foi discreta.
"Esse gol é para todo mundo,
principalmente para o Leão, que
depositou confiança em mim, e
para a minha família", afirmou
Washington. "Gritar meu nome é
conseqüência, a gente trabalha
aqui dentro. O que vem de fora,
quando é ruim, não atrapalha",
completou o atleta, que ostenta
quatro gols no Paulista.
"Estavam xingando o Washington, ele fez o gol, assim como o
Marcinho. É preciso ter paciência", afirmou Leão, que deu o aval
para que o Palmeiras adquirisse
os outros 50% dos direitos sobre o
atacante, na última semana.
A antipatia dos torcedores em
relação a Washington começou
quando o nome dele não foi gritado pelas arquibancadas, o mesmo
ocorrido com o volante Correa.
"Ele não é um excelente jogador, mas é um bom goleador,
principalmente de cabeça. Se ele
jogar para dar resposta à torcida,
não vai conseguir. Ele tem que
cumprir a função tática e mostrar
transpiração", afirmou Leão.
Na reta final do Estadual, além
do clássico com o Corinthians, o
Palmeiras irá encarar Paulista,
Rio Branco e Santo André.
(MDA)
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