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Nas finanças, Mundial no Brasil já bate o da África
DA ENVIADA A ZURIQUE
Os contratos comerciais assinados pela Fifa para a Copa de
2014 até o momento, sobretudo com empresas brasileiras, já
superam o montante obtido
pela entidade em acordos comerciais para o Mundial da
África do Sul, neste ano.
"Há empresas com as quais
assinamos, mas ainda não foram anunciadas, e eu não posso
dar os nomes delas", afirmou
Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade máxima do futebol. "Já temos uma quantidade fantástica de acordos."
Mais cedo, em entrevista coletiva, o dirigente dissera que
os acordos haviam superado os
sul-africanos para o mesmo estágio. Indagado depois se o volume tinha superado também o
total de contratos comerciais
para esta Copa, Valcke respondeu que "as empresas brasileiras são maiores e mais fortes".
Nessa conta, afirmou, também pesou o fato de os acordos
serem fechados com valores
mais altos do que os atuais, já
que estão embutidas expectativas de inflação e valorização
nos próximos quatro anos.
A Fifa disse ontem que "não
tem nenhuma preocupação financeira com o Brasil". Questionado se a entidade não temia
pelas garantias após a mudança
na divisão dos royalties do pré-sal, o presidente da entidade,
Joseph Blatter, disse que não. A
medida reduz drasticamente a
fatia fluminense, o que o governador Sérgio Cabral afirma pôr
em risco a organização da Copa
e da Olimpíada de 2016.
"Por ora não estamos cientes
[de problema]. Para os Jogos
Olímpicos, é outra história,
mas, ao menos para a Copa, as
informações mais recentes que
temos são bastante boas", afirmou Valcke. Na véspera, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, dissera à Folha que o assunto não foi citado pela Fifa.
Ontem, a entidade anunciou
que sua receita em 2009 pela
primeira vez quebrou a barreira do US$ 1 bilhão, chegando a
US$ 1,059 bilhão, impulsionada sobretudo pela venda de direitos comerciais. O lucro somou US$ 196 milhões.
"Não vou dizer que estamos
ricos, mas estamos felizes", disse Blatter, afirmando que o resultado foi acima do esperado.
Para este ano, a Fifa espera bater em US$ 1,2 bilhão.
Os cartolas passaram boa
parte da coletiva em Zurique
insistindo que a escolha da
África do Sul como sede do próximo Mundial havia sido "financeiramente acertada".
"As pessoas dizem que na
África do Sul podemos não ganhar tanto dinheiro. Não é verdade. O que pode sair um pouco mais caro é a organização,
mas eles merecem que coloquemos esse dinheiro para ajudá-los", disse Blatter, sem revelar quanto a Fifa gastou no país.
Ontem, mais uma vez, a entidade rejeitou colocar limite ao
mandato de seu presidente -o
suíço já está no cargo há oito
anos. A Fifa informou ainda
que a Tailândia sediará o Mundial de futebol de areia, em
2013, e que readmitiu o Iraque
entre seus associados.
(LC)
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