São Paulo, domingo, 20 de março de 2011 |
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PAULO VINICIUS COELHO A conta verde
OS JOGADORES do Palmeiras sabiam exatamente qual o valor do prêmio que seus colegas do São Paulo receberiam se vencessem o clássico de 20 dias atrás: R$ 10 mil. Essa quantia não representava o bicho para ganhar o título nem para avançar na Copa do Brasil. Era só para vencer o Palmeiras. Sabe quanto o elenco do Palmeiras recebe por vitória? Nem ele. E quanto ganhará se for campeão paulista ou da Copa do Brasil? Também não sabe. Você pode dizer que o bicho é uma instituição que deveria ter acabado. Mas não acabou. O Palmeiras de Arnaldo Tirone e Roberto Frizzo tem tomado boas providências, como pagar em dia salários e direitos de imagem, que antes atrasavam, mas falha num requisito básico para formar um time vencedor: falta know-how. Estrutura é uma das coisas que ajudam a ser campeão, comprar craques é outra, porém as coisas não andam se não houver quem fale a língua dos boleiros. O Palmeiras não fala. Combinar os prêmios é apenas um dos exemplos. Na quarta, o vice de futebol, Roberto Frizzo, só chegou a Uberaba perto da hora do jogo. Não viajou nem conviveu com o time. Em cabeça de boleiro, diretor por perto é sinal de respeito pelos jogadores. Sinal também de que devem se dar ao respeito. No Palmeiras, não há dirigentes no hotel, no vestiário ou vendo treinos. O trabalho da diretoria resume-se a fazer contas, na ponta do lápis, para descobrir onde cortar despesas. Enquanto isso, o time avança lentamente. Felipão só pediu um centroavante. Não recebeu. O time tem limitações, mas é o grande paulista com o menor número de derrotas no ano -uma. Santos e Corinthians perderam duas, e o São Paulo, três. Ganhar o Paulista representa devolver à torcida a confiança de que os times grandes precisam. Vencer a Copa do Brasil garante, além disso, receita maior em 2012. E menos despesa com os lápis... Não é provável ganhar esses títulos? Também não era de se imaginar que o Palmeiras teria, antes do início da rodada, os mesmos 28 pontos de São Paulo, Corinthians e Santos. A ARENA A construção da Arena Palestra mudará a vida do clube para melhor. Ou os conselhos deliberativo e fiscal, que inclui Mustafá Contursi, não teriam aprovado todas as etapas do projeto desde 2007. Havia três hipóteses no passado: não reformar o estádio, reformar com o dinheiro que o Palmeiras não tem ou fazer uma parceria. Hoje, só existe uma alternativa: erguer o novo estádio. pvc@uol.com.br Texto Anterior: Fluminense: Time perde do Boavista no 1º jogo pós-Muricy Próximo Texto: Palmeiras tenta esticar sequência invicta Índice | Comunicar Erros |
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