São Paulo, domingo, 20 de março de 2011

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Incontinência urinária afeta esportistas

DE SÃO PAULO

A atleta se prepara para levantar o peso, ergue o haltere, e um jato de urina sai de seu corpo sem o seu controle. A cena constrangedora, disponível no YouTube, ocorreu justamente durante uma Olimpíada, em Sydney-2000.
"O jato é o extremo da incontinência urinária, mas a perda de urina é comum entre as atletas", diz Tathiana Parmigiano.
Segundo a ginecologista, atletas de ginástica, vôlei, basquete, levantamento de peso, hipismo, salto em altura, com vara e em distância são as mais suscetíveis a sofrer com a incontinência urinária.
Os esportes listados têm em comum o alto impacto, que pode sobrecarregar a musculatura do assoalho pélvico, grupo de músculos que sustenta a parte baixa do abdome.
Na pesquisa que a médica conduziu, por meio de questionários nas seleções, 27% das judocas se queixaram de perda involuntária de urina. Entre as atletas de basquete, o percentual foi maior -32%.
"Muitas perdem pouca urina e não costumam contar. A ideia é conscientizar as atletas de que qualquer tipo de perda de urina não é normal", diz Tathiana. Para reduzir a incontinência, a ginecologista recomenda exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.
"Para mim, toda atleta tem que fazer esse exercício. É uma contração parecida à que se faz quando se está fazendo xixi e tem que interromper o jato subitamente", afirma a médica.
Segundo a ginecologista, o problema não afeta apenas atletas de alto rendimento mas também esportistas em geral. (MB)


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