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AÇÃO
40 é o novo 20, desce 68
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
Enquanto o hemisfério Norte diz adeus aos mares de inverno, aqueles que trazem ondas
grandes, nós aqui começamos a
nos preparar para a chegada das
grandes ondulações de sul, comuns nesta época do ano.
A semana começou com uma
dessas, que valeu até a capa do
jornal de ontem e um bom treino
para os big riders de plantão. No
Guarujá, Jorge Pacelli e Haroldo
Ambrósio, destaques brasileiros
na temporada havaiana, deslizavam suavemente de foil board.
Em Maresias, as ondas estavam
maiores, e só quem contava com a
ajuda de jet-ski pôde surfar.
Pelo bom começo, espera-se que
a temporada renda. E o campeonato de ondas grandes, o Mormaii Tow In Pro, cujo período de
espera começou no sábado e se estende até 30 de maio, seja disparado. O palco da competição é a
Laje de Jaguaruna, ao norte de
Santa Catarina e a 5 km da costa.
Quando a combinação de vento,
maré, tamanho e direção da ondulação permitir, será dado o sinal para as duplas (surfista e piloto do jet-ski) irem às águas. O
evento terá duração de um dia e
dará R$ 50 mil em prêmios, divididos em três categorias: duplas,
maior onda e maior tubo.
Torcendo para o mar subir estão a ESPN Brasil, que promove o
evento, e seu videorrepórter e
também surfista de ondas grandes Luís Roberto Formiga. Entrando o swell, a emissora fixará
base no meio do oceano e em um
helicóptero para a cobertura.
Voltando ao hemisfério Norte, o
Billabong XXL, que premia com
US$ 1.000 por pé de onda surfada
o atleta que dropar a maior da
temporada, elegeu seus vencedores. Brad Gerlach, 40, US$ 68 mil
pela parede de água que domou
em 21 de dezembro, em Todos os
Santos, México. Gerlach foi rebocado por Mark Parsons, 41, para a
última onda do dia. E foi essa saideira que rendeu ao americano o
título. "Estou só começando no
negócio de ondas grandes. Como
a minha mãe diz: 40 é o novo 20",
disse o big rider. Gerlach dividiu o
prêmio com o colega, assim como
Parsons havia feito com ele em
2001, quando venceram a primeira edição do concurso e levaram
US$ 66 mil pela bomba surfada
em Cortes Bank.
Já o chileno Diego Medina foi a
surpresa do concurso. Sem a ajuda de uma máquina, ele entrou
numa onda gigante em Punta Lobos, Chile, e faturou US$ 10 mil. E,
por causa da discrepância no valor dos prêmios, os organizadores
do XXL têm sido pressionados. Os
"remadores" alegam que, por se
tratar de algo mais improvável
(pegar a onda grande sem o jet-ski), deveriam ser mais bem premiados. Usar o mesmo critério de
US$ 1.000 por pé seria mais justo.
Os outros condecorados na festa
de 14 de abril, em Anaheim, foram Shane Dorian, pelo tubo surfado no dia 11 de setembro de
2005, em Teahupoo; Garret
Mcnamara, pelo maior caldo da
temporada, em Shark Park, Califórnia; e Jamilah Star, que ficou
com US$ 5.000 por ter surfado a
maior onda entre as mulheres.
Agora, os holofotes do surfe de
onda grande se voltam ao hemisfério Sul: Austrália, África do Sul
e Brasil podem, como ocorreu no
Chile, produzir momentos épicos.
Hendecacampeã e sem patrocínio?
Melhor atleta sul-americana de snowboard, 11 vezes campeã nacional e nona colocada na Olimpíada de Turim no boardercross, Isabel
Clark procura patrocinador visando os Jogos de 2010.
Mundial de windsurfe - PWA
Atual campeão na categoria wave, o brasileiro Kauli Seadi venceu a
etapa da Bélgica -única indoor do circuito- na categoria slalom e
também na overall, a soma de resultados de slalom, salto e freestyle.
Surfe só para mulheres
A primeira etapa do Circuito Petrobras começa amanhã no Guarujá,
SP, com cerca de 150 competidoras. E no sábado, em Fiji, tem início o
período de espera da segunda etapa do Mundial (WCT).
E-mail sarli@trip.com.br
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