São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Prancheta do PVC

Três atacantes, que nada!

MANO Menezes estava ainda em Campo Grande, imaginando as possibilidades.
"Se ele escalar o Dagoberto, para nós muda pouco. Mesmo que sejam três atacante, temos uma linha de quatro homens na defesa."
Escalado por Muricy como ala, Dagoberto foi marcado por André Santos, Alessandro encostou em Borges -demorou, mas aconteceu-, Chicão e William fizeram a marcação e a sobra em Washington. Se não era Dagoberto, qual seria a mudança que, para Mano, daria resultado?
"No primeiro jogo, o Elias jogou solto", disse Mano em Campo Grande. Franziu a testa, abriu a boca, ameaçou dizer e desistiu: "Deixa eu ficar quieto aqui. Ainda tem o segundo jogo."
Andrés Sanchez entregou que o jogador na cabeça do corintiano era Hugo. Ele não queria ver Elias marcado e precisando marcar.
Mas não foi essa a diferença do clássico, que colocou o Corinthians na decisão, garantiu a Taça dos Invictos e fez completar 44 jogos sem derrota com os titulares. Não foi porque Jorge Wagner empurrou Elias para a defesa e, apesar de erros de cruzamentos, venceu o duelo que perdeu no Pacaembu.
Se Hugo não faria diferença, Dagoberto também não. Não adianta escalar o terceiro atacante se for para funcionar em função defensiva. Dagoberto empurrou André Santos para a defesa em alguns momentos. Mas foi ala. Marcou e foi marcado. O resultado da briga de seu lado do campo foi zero a zero.
Como Mano não se conforma em enxergar bem um jogo que ainda não começou, voltou do intervalo vendo o que precisava ver. "Estamos errando os contra-ataques." Acertá-los não se faz com conversa, mas com posicionamento. Primeiro, Douglas estava no lugar certo. O segundo contra-ataque pegou Ronaldo em posição perfeita para matar o jogo. Ronaldo foi gênio, o dono do jogo. Mas a vaga na decisão começa por enxergar o clássico, em todos os seus duelos. Como fez o Corinthians.

O TIME DE MANCINI
Nos tempos de jogador, Vagner Mancini era matador. Como técnico, anunciou que seu time precisava de mais disposição por estar menos pronto taticamente. Não estava. O Santos aproveitou as melhores características de seus jogadores. Madson pela direita, Ganso e Neymar na organização.

ERROS DE LUXA
O palmeirense cometeu o mesmo erro duas vezes. Na Vila, o problema era quando Neymar saía da ponta para o meio. Em vez de definir a marcação, preferiu colocar Armero com Madson e Fabinho Capixaba com Neymar. Aos 17min, Neymar, pelo meio, fez o passe para Madson matar o confronto.

O PRIMEIRO TRI
Tite foi campeão pelo Caxias, em 2000. Foi bi pelo Grêmio, em 2001. Mas faltava na história do Rio Grande alguém com três títulos por clubes diferentes. Como a revelação do técnico do Internacional aconteceu com o Gauchão conquistado pelo Caxias, a goleada histórica contra o time da serra, ontem, serviu para colocá-lo de vez nos livros. Tite é o primeiro campeão gaúcho por três clubes. O primeiro campeão gaúcho invicto pelo Inter desde 1974, quando Rubens Minelli conseguiu o feito.

Texto Anterior: Palmeiras: Juiz relata agressão de Diego Souza em clássico
Próximo Texto: Florianópolis faz mapa do Minas e ganha Superliga
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.