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Prancheta do PVC
Três atacantes, que nada!
MANO Menezes estava ainda em Campo Grande, imaginando as possibilidades.
"Se ele escalar o Dagoberto, para nós muda pouco.
Mesmo que sejam três atacante, temos uma linha de
quatro homens na defesa."
Escalado por Muricy como ala, Dagoberto foi marcado por André Santos,
Alessandro encostou em
Borges -demorou, mas
aconteceu-, Chicão e William fizeram a marcação e a
sobra em Washington. Se
não era Dagoberto, qual seria a mudança que, para Mano, daria resultado?
"No primeiro jogo, o Elias
jogou solto", disse Mano em
Campo Grande. Franziu a
testa, abriu a boca, ameaçou
dizer e desistiu: "Deixa eu ficar quieto aqui. Ainda tem o
segundo jogo."
Andrés Sanchez entregou
que o jogador na cabeça do
corintiano era Hugo. Ele
não queria ver Elias marcado e precisando marcar.
Mas não foi essa a diferença do clássico, que colocou o
Corinthians na decisão, garantiu a Taça dos Invictos e
fez completar 44 jogos sem
derrota com os titulares.
Não foi porque Jorge Wagner empurrou Elias para a
defesa e, apesar de erros de
cruzamentos, venceu o duelo que perdeu no Pacaembu.
Se Hugo não faria diferença, Dagoberto também não.
Não adianta escalar o terceiro atacante se for para funcionar em função defensiva.
Dagoberto empurrou André
Santos para a defesa em alguns momentos. Mas foi ala.
Marcou e foi marcado. O resultado da briga de seu lado
do campo foi zero a zero.
Como Mano não se conforma em enxergar bem um
jogo que ainda não começou, voltou do intervalo vendo o que precisava ver. "Estamos errando os contra-ataques." Acertá-los não se
faz com conversa, mas com
posicionamento. Primeiro,
Douglas estava no lugar certo. O segundo contra-ataque
pegou Ronaldo em posição
perfeita para matar o jogo.
Ronaldo foi gênio, o dono do
jogo. Mas a vaga na decisão
começa por enxergar o clássico, em todos os seus duelos. Como fez o Corinthians.
O TIME DE MANCINI
Nos tempos de jogador,
Vagner Mancini era matador. Como técnico, anunciou
que seu time precisava de
mais disposição por estar
menos pronto taticamente.
Não estava. O Santos aproveitou as melhores características de seus jogadores.
Madson pela direita, Ganso e
Neymar na organização.
ERROS DE LUXA
O palmeirense cometeu o
mesmo erro duas vezes. Na
Vila, o problema era quando
Neymar saía da ponta para o
meio. Em vez de definir a
marcação, preferiu colocar
Armero com Madson e Fabinho Capixaba com Neymar.
Aos 17min, Neymar, pelo
meio, fez o passe para Madson matar o confronto.
O PRIMEIRO TRI
Tite foi campeão pelo Caxias, em 2000. Foi bi pelo Grêmio,
em 2001. Mas faltava na história do Rio Grande alguém com
três títulos por clubes diferentes. Como a revelação do técnico
do Internacional aconteceu com o Gauchão conquistado pelo
Caxias, a goleada histórica contra o time da serra, ontem, serviu
para colocá-lo de vez nos livros. Tite é o primeiro campeão gaúcho por três clubes. O primeiro campeão gaúcho invicto pelo
Inter desde 1974, quando Rubens Minelli conseguiu o feito.
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