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IATISMO
Brasileiro retoma hegemonia na classe laser em evento na Turquia e se torna o rival a ser batido nos Jogos de Atenas
De volta ao topo, Scheidt leva 7º mundial
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Robert Scheidt saiu da água ontem, em Bodrum (Turquia), realizado. Era o sétimo título mundial
conquistado pelo brasileiro, feito
inédito para um atleta nacional.
Mas, para ele, melhor do que
atingir a marca foi ter reconquistado a hegemonia no torneio, perdida no ano passado, em Cádiz,
para o português Gustavo Lima.
"Tive uma grande lição em
2003, quando fui derrotado na última regata. Ganhar de novo o
Mundial é até melhor do que defender o título", disse o velejador,
que, neste ano, já adicionou mais
sete troféus para a sua coleção.
Em 2004, ele já venceu a Semana
de Hyères (França), completando
títulos no Grand Slam da vela formado também pelas Semanas de
Kiel (Alemanha) e de Spa (Holanda). De volta ao topo, Scheidt se
torna de novo o adversário a ser
batido nos Jogos de Atenas. Além
do heptacampeonato mundial, o
iatista subiu ao pódio nas duas últimas Olimpíadas -ouro em
Atlanta-96 e prata em Sydney-00.
As duas regatas de ontem foram
equilibradas. Scheidt e o australiano Michael Blackburn disputavam o título. Na primeira prova, o
brasileiro estava na frente, mas
acabou sendo desclassificado.
Na disputa decisiva, Scheidt largou melhor do que o adversário.
"Foram quatro largadas anuladas. Na hora em que valeu, saí
melhor do que o australiano e
consegui deixá-lo para trás", contou Scheidt, que garantiu o campeonato com um segundo lugar.
Sétimo colocado na regata inicial, Blackburn jogava suas últimas fichas na prova decisiva, mas
não completou o percurso.
Nas dez regatas em Bodrum,
Scheidt obteve quatro vitórias,
dois segundos, um terceiro e um
quinto lugares, além dos descartes de uma sexta colocação e da
eliminação de ontem. Ele terminou o campeonato com 16 pontos
perdidos, contra 25 de Blackburn.
"É um resultado muito bom para o Brasil. A desclassificação na
penúltima regata não estava no
programa, mas o Robert se superou", disse o técnico Cláudio Biekarck, dono de um ouro em Mundial e de cinco medalhas em Pans.
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