São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

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IATISMO

Brasileiro retoma hegemonia na classe laser em evento na Turquia e se torna o rival a ser batido nos Jogos de Atenas

De volta ao topo, Scheidt leva 7º mundial

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Robert Scheidt saiu da água ontem, em Bodrum (Turquia), realizado. Era o sétimo título mundial conquistado pelo brasileiro, feito inédito para um atleta nacional.
Mas, para ele, melhor do que atingir a marca foi ter reconquistado a hegemonia no torneio, perdida no ano passado, em Cádiz, para o português Gustavo Lima.
"Tive uma grande lição em 2003, quando fui derrotado na última regata. Ganhar de novo o Mundial é até melhor do que defender o título", disse o velejador, que, neste ano, já adicionou mais sete troféus para a sua coleção.
Em 2004, ele já venceu a Semana de Hyères (França), completando títulos no Grand Slam da vela formado também pelas Semanas de Kiel (Alemanha) e de Spa (Holanda). De volta ao topo, Scheidt se torna de novo o adversário a ser batido nos Jogos de Atenas. Além do heptacampeonato mundial, o iatista subiu ao pódio nas duas últimas Olimpíadas -ouro em Atlanta-96 e prata em Sydney-00.
As duas regatas de ontem foram equilibradas. Scheidt e o australiano Michael Blackburn disputavam o título. Na primeira prova, o brasileiro estava na frente, mas acabou sendo desclassificado.
Na disputa decisiva, Scheidt largou melhor do que o adversário.
"Foram quatro largadas anuladas. Na hora em que valeu, saí melhor do que o australiano e consegui deixá-lo para trás", contou Scheidt, que garantiu o campeonato com um segundo lugar.
Sétimo colocado na regata inicial, Blackburn jogava suas últimas fichas na prova decisiva, mas não completou o percurso.
Nas dez regatas em Bodrum, Scheidt obteve quatro vitórias, dois segundos, um terceiro e um quinto lugares, além dos descartes de uma sexta colocação e da eliminação de ontem. Ele terminou o campeonato com 16 pontos perdidos, contra 25 de Blackburn.
"É um resultado muito bom para o Brasil. A desclassificação na penúltima regata não estava no programa, mas o Robert se superou", disse o técnico Cláudio Biekarck, dono de um ouro em Mundial e de cinco medalhas em Pans.


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