Ter a bola dominada e perdê-la. No Campeonato Brasileiro-06, esse é o caminho das últimas colocações.
Levantamento realizado pelo Datafolha mostra que os times recordistas em bolas perdidas são justamente os piores da competição nacional.
Entre os dez com menos acerto nesse fundamento, só três não estão nas dez últimas colocações. Todos os quatro clubes da zona de rebaixamento se destacam negativamente no domínio da bola, a começar pelo Palmeiras, o lanterna, com apenas um ponto ganho em cinco jogos.
O time do Parque Antarctica encabeça o ranking de bolas perdidas por partida. São, em média, 45,8 por partida, 50% a mais do que as posses desperdiçadas pelo Internacional, o melhor nesse quesito e que disputa acirradamente a liderança com o Santos.
O time do treinador Vanderlei Luxemburgo, aliás, é outro que vai bem -são 37 bolas perdidas por partida, a sétima melhor marca do Nacional.
Geralmente, quem perde muitas bolas acaba bombardeado pelos adversários. O Santa Cruz, outro na zona da degola, é o terceiro no ranking do desperdício, o que ajuda a explicar o fato de sua meta ser a mais ameaçada do campeonato: o goleiro Gilmar sofre cerca de 20 finalizações por partida, nove a mais do que o São Paulo, outro que está entre os que menos perdem a bola.
O curioso é que individualmente, o jogador que lidera o ranking de bolas perdidas é uma das sensações do Brasileiro, o atacante Lenny, do Fluminense, tem média de 10,5 desperdícios por jogo.


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