São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2011

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Ferrari renova com Alonso até 2016

F-1
Em Barcelona, equipe deixa claro que espanhol é seu primeiro piloto, e Massa cogita deixar a escuderia


TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BARCELONA

Não que Fernando Alonso precisasse. Mas o espanhol ganhou uma motivação extra para correr diante de sua torcida neste final de semana.
Na Ferrari desde o início do ano passado, o bicampeão mundial teve seu contrato com a equipe renovado.
Além da antecedência com que a extensão foi divulgada -o atual acordo vencia no final de 2012-, o que mais chamou a atenção na divulgação de ontem em Barcelona foi a duração do novo contrato, até o fim de 2016.
Na F-1 é comum que os acordos sejam mais breves, geralmente de dois ou três anos de duração. Na Ferrari, até então, os contratos também seguiam este padrão.
Nem mesmo com Michael Schumacher, que ficou 11 temporadas na escuderia italiana, a Ferrari se comprometeu por tanto tempo. Seus contratos sempre foram de dois ou três anos, geralmente com opção para outros.
"Claro que é uma boa notícia para mim e para minha carreira", festejou Alonso.
"Eu me sinto em casa na Ferrari e não vejo outro lugar onde gostaria de estar. Em 2016 eu terei corrido sete anos pela equipe e se eu não estiver muito velho e ainda me quiserem, quem sabe não assinamos outro contrato."
Segundo o espanhol, essa foi a negociação de contrato mais rápida de sua carreira na F-1. Alonso disse que as conversas começaram há cerca de duas semanas.
"Esta é só uma confirmação pública do que eu sentia dentro do time. Sempre tive 100% de certeza de que ficaria muitos anos na Ferrari."
Mas se a notícia foi boa para o espanhol, para Felipe Massa foi mais uma demonstração de que Alonso cada vez mais ocupa a posição de primeiro piloto na equipe.
Luca di Montezemolo, presidente ferrarista, foi bastante claro. "Fernando tem todas as qualidades, tanto técnicas como pessoais, para ocupar um papel importante na história da Ferrari", disse.
Massa tentou se esquivar das perguntas sobre seu contrato, que vence em 2012. E visivelmente desconfortável, pela primeira vez deixou no ar a possibilidade de seu futuro não ser a Ferrari, na qual é titular desde 2006.
"Não sabemos o dia de amanhã. Claro que continuar seria bacana, mas na F-1 tudo muda muito rápido e o importante é encontrar uma maneira de trabalhar onde você é feliz", afirmou o piloto brasileiro. "Não tem que se lamentar, tenho orgulho de correr pela Ferrari."


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