São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Alonso, a Ferrari e a reedição de um plano

AO RENOVAR COM Alonso até 2016, Montezemolo não deixa dúvidas. Quer repetir, com o espanhol, o modelo que resultou na maior hegemonia de uma equipe e de um piloto na história da F-1. Em 11 temporadas de parceria, Ferrari e Schumacher levaram 6 Mundiais de Construtores e 5 de Pilotos. Nunca houve nada parecido.
Guardião dos valores ferraristas, último pupilo do commendatore, Montezemolo também segue um padrão que está no DNA ferrarista: para um carro que é um mito, alguém à altura no volante. Mesmo quando estava na lama, a Ferrari fazia questão de contar com grandes pilotos (ou grandes apostas). Villeneuve, Pironi, Prost, Mansell...
É exceção, diga-se. A maior parte das equipes, para valorizar a instituição, trata pilotos como acessórios, gente só de passagem.
Vai dar certo? Talvez, se este for apenas o primeiro passo de um plano.
A simples presença de Schumacher em Maranello atraiu e/ou consolidou um "dream team" naquele pedacinho da Emilia-Romagna. Os 11 títulos em 11 anos foram resultado da genialidade do alemão, mas também de um time que tinha Todt, Brawn, Byrne, Martinelli, Barrichello.
Para que um fiapo daquele sucesso se repita, Montezemolo precisa reeditar, também, a limpa que fez na cúpula ferrarista a partir da contratação de Todt, em 93.
Domenicali et caterva não formam a turma que colocará Alonso em condições de brigar com Vettel e Newey. O problema é que "Todts" são raros no mercado. De bate-pronto, penso em dois nomes. Mas Richards está entretido com sua Prodrive enquanto Briatore... Bem, é o Briatore.
E quanto a Massa? Para o bem da sua carreira, precisa mudar de ares urgentemente, o quanto antes. Uma vez reeditado o "plano Schumacher", já se sabe o papel que lhe caberia...

BRASIL
VERBA PÚBLICA
Primeiro, o governo de Goiás abandona o circuito de Goiânia, que se torna um matagal, ponto de rachas e de tráfico de drogas. Depois, o mesmo governo de Goiás anuncia que contratou Tilke para construir um circuito novo, a um custo entre R$ 150 milhões. Detalhe: com design inspirado no traçado original. Há algo muito, muito estranho nessa história.

MUNDO
VERBA PRIVADA
No sábado, Mateschitz inaugurou sua nova atração: o Red Bull Ring. Trata-se do circuito de Spilberg, na Áustria, completamente remodelado, com dois hotéis, um clube, pistas de kart e de rali. Gastou R$ 160 milhões. Na segunda, Silverstone mostrou novos pits e paddock. O custo, R$ 72 milhões. Nos dois casos, não entrou um centavo de dinheiro público.


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