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MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
Alonso, a Ferrari e a reedição de um plano
AO RENOVAR COM Alonso
até 2016, Montezemolo não
deixa dúvidas. Quer repetir,
com o espanhol, o modelo
que resultou na maior hegemonia de uma equipe e de
um piloto na história da F-1.
Em 11 temporadas de parceria, Ferrari e Schumacher levaram 6 Mundiais de Construtores e 5 de Pilotos. Nunca houve nada parecido.
Guardião dos valores ferraristas, último pupilo do
commendatore, Montezemolo também segue um padrão que está no DNA ferrarista: para um carro que é
um mito, alguém à altura no
volante. Mesmo quando estava na lama, a Ferrari fazia
questão de contar com
grandes pilotos (ou grandes
apostas). Villeneuve, Pironi,
Prost, Mansell...
É exceção, diga-se. A
maior parte das equipes,
para valorizar a instituição,
trata pilotos como acessórios, gente só de passagem.
Vai dar certo? Talvez, se
este for apenas o primeiro
passo de um plano.
A simples presença de
Schumacher em Maranello
atraiu e/ou consolidou um
"dream team" naquele pedacinho da Emilia-Romagna. Os 11 títulos em 11 anos
foram resultado da genialidade do alemão, mas também de um time que tinha
Todt, Brawn, Byrne, Martinelli, Barrichello.
Para que um fiapo daquele sucesso se repita, Montezemolo precisa reeditar,
também, a limpa que fez na
cúpula ferrarista a partir da
contratação de Todt, em 93.
Domenicali et caterva
não formam a turma que colocará Alonso em condições
de brigar com Vettel e Newey. O problema é que
"Todts" são raros no mercado. De bate-pronto, penso
em dois nomes. Mas Richards está entretido com
sua Prodrive enquanto Briatore... Bem, é o Briatore.
E quanto a Massa? Para o
bem da sua carreira, precisa mudar de ares urgentemente, o quanto antes. Uma
vez reeditado o "plano
Schumacher", já se sabe o
papel que lhe caberia...
BRASIL
VERBA PÚBLICA
Primeiro, o governo de Goiás
abandona o circuito de Goiânia, que se torna um matagal, ponto de rachas e de tráfico de drogas. Depois, o mesmo governo de Goiás anuncia que contratou Tilke para construir um circuito
novo, a um custo entre R$
150 milhões. Detalhe: com
design inspirado no traçado
original. Há algo muito, muito estranho nessa história.
MUNDO
VERBA PRIVADA
No sábado, Mateschitz inaugurou sua nova atração: o
Red Bull Ring. Trata-se do
circuito de Spilberg, na Áustria, completamente remodelado, com dois hotéis, um
clube, pistas de kart e de rali.
Gastou R$ 160 milhões. Na
segunda, Silverstone mostrou novos pits e paddock. O
custo, R$ 72 milhões. Nos
dois casos, não entrou um
centavo de dinheiro público.
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