São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 2006

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Espanha vence de virada e ainda faz o artilheiro

Raúl e Fabregas saem do banco e são decisivos na vitória sobre a Tunísia que rendeu a vaga para as oitavas-de-final

Em contra-ataque, equipe sofre seu primeiro gol na Copa, mas Fernando Torres anota dois no 2º tempo e, com três, lidera a artilharia


Esteban Cobo/Efe
O atacante Fernando Torres, da Espanha, atual artilheiro do Mundial, festeja seu 1º gol ontem


RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A STUTTGART

Se alguém tinha dúvidas de que a Espanha tinha um bom time, como levantou antes da partida o técnico da Tunísia, Roger Lemerre, os 3 a 1 de virada ontem mostram que os espanhóis têm até um banco de reservas dos melhores da Copa.
O atacante Fernando Torres fez dois gols e agora é o artilheiro isolado do Mundial da Alemanha, com três. A Espanha está classificada para as oitavas-de-final e só perderá o primeiro lugar do Grupo H com uma combinação absurda de resultados na rodada final.
Ontem, o time passou de fato por uma provação, mas o técnico Luis Aragonés, que tem procurado ser humilde apesar dos elogios que sua seleção tem recebido, encontrou soluções ótimas nos suplentes.
"O primeiro gol que sofremos nos deixou nervosos. Alongamos demais as bolas na primeira etapa. No intervalo, falei com os jogadores, nos acalmamos e fizemos três substituições. O time melhorou. Poderíamos ter feito mais gols", disse o técnico da Espanha.
O nervosismo a que se referiu veio por causa de um contra-ataque pela direita da Tunísia. Puyol falhou, e Minari finalizou duas vezes contra o gol de Casillas para abrir o placar.
A mesma formação ofensiva dos 4 a 0 na Ucrânia, um 4-3-3 com muita movimentação, não surtia muito efeito diante de um adversário fechado.
Pouco inspirada na etapa inicial, a Espanha arriscou chutes de meia distância e tentou mais uma vez explorar lances de bola parada, porém sem sucesso.
No segundo tempo, as entradas de Raúl, que freqüenta sem questionamento a reserva, e de Fabregas na etapa final mudaram o jogo. O domínio espanhol ficou mais claro, e um bombardeio contra o gol de Boumnijel surgiu.
Aos 26min, Fabregas recebeu passe de Torres e finalizou. No rebote, Raúl, que entrou na vaga de Luis Garcia, empatou.
Foi a vez de a Tunísia ficar nervosa. Cinco minutos depois, Fernando Torres driblou o goleiro e tocando para o gol -recebeu ótimo passe de Fabregas.
O árbitro brasileiro Carlos Eugênio Simon, que fez seu segundo jogo neste Mundial, marcou pênalti para a Espanha no último minuto. Fernando Torres foi puxado na área. Ele próprio bateu e converteu.
Xabi Alonso, titular, seguiu no meio-campo no segundo tempo, diferentemente do brasileiro naturalizado Marcos Senna, que não jogou bem em Suttgart e tem sua posição ameaçada por Fabregas.
Lemerre mudou um pouco seu discurso no final. Porém não alterou de forma contundente sua opinião sobre o rival. "Espero que a Espanha reflita bem sobre os primeiros 60 minutos de jogo", disse o francês.
"Vamos ver se nos aproximamos dos que ganham Copas", voltou a dizer Aragonés, que pode pegar a seleção brasileira nas quartas-de-final.


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