São Paulo, quarta-feira, 20 de junho de 2007

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RÉGIS ANDAKU

Mais do mesmo

Até pouco tempo, a transição do saibro para a grama mudava a cara das estrelas; agora, elas são as mesmas

C OM O FIM da temporada de saibro, o início da de grama e às vésperas de Wimbledon, os personagens do tênis costumavam mudar. Saíam espanhóis, argentinos, os latinos, de um modo geral, e entravam americanos, australianos, alguns britânicos também.
Sumiam aqueles raçudos com a roupa suja, apareciam os silenciosos impecavelmente em seus uniformes brancos. Muitos melhores do mundo sorriam, outros diziam que a grama servia para as vacas pastarem. Nos últimos anos, coube só a Roger Federer ser mencionado nesta época. Não à toa: sem Pete Sampras, outros americanos, australianos, não havia ninguém capaz de fazer frente ao suíço. Federer era a aposta certa na grama; o resto, o resto.
Nesta semana, o esforço para tirar do suíço a exclusividade da atenção chegou a níveis nunca antes vistos. "Andy Roddick, Tomas Berdych e Marcos Baghdatis reafirmam o status de maiores desafiantes do tetracampeão Roger Federer na semana anterior a Wimbledon", diz um texto da ATP distribuído anteontem. Besteira. Atualmente, os personagens não mudam mais nesta transição. Hoje, no saibro e na grama, só existem Federer e Rafael Nadal, espanhol especialista na terra batida, por enquanto só lá capaz de fazer frente ao suíço, mas sobre quem paira toda a curiosidade agora. Curiosidade não por sua nacionalidade (há 41 anos um espanhol não é campeão em Wimbledon -só em Roland Garros, foram nove no período), nem pelo favoritismo (Federer é o grande favorito, lembre-se). Mas por pura e mera curiosidade.
Até onde Nadal chega? Que armas usará na grama? Como a confiança com as oito vitórias sobre Federer será usada no piso favorito do rival? O sucesso nas quadras mais rápidas mostra alguma coisa sobre Nadal?
Mais: no ano passado, quieto, Nadal saiu de dois sets atrás na segunda rodada, quando parecia normal cair, derrotou Andre Agassi na terceira e foi à final de Wimbledon. Conseguirá ir tão longe quanto? E, algo até pouco tempo atrás impossível de se pensar, tem Nadal condições de algum dia fechar o Grand Slam? Wimbledon, na temporada de grama, é o próximo (e mais interessante) capítulo do campeão do saibro.

EM CURITIBA
Thales Turini, Paula Gonçalves (18 anos), Christian Lindell, Maria Claudia Sant'Anna (16), Marcos Dias, Liz Bogarin (14), Antonin Haddad e Beatriz Maia (12) venceram a terceira etapa da Credicard Citi MasterCard Juniors Clube.

EM ITAJAÍ
O Itamirim Clube de Campo recebe a partir de hoje os jogos da segunda etapa do Circuito Unimed. Os jogos da chave principal começam na sexta e vão até o domingo.

NA TV
Mark Philippoussis volta à cena. Mas na TV: estará de um reality show romântico na NBC dos EUA.

reandaku@uol.com.br


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