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RÉGIS ANDAKU
Mais do mesmo
Até pouco tempo, a transição do saibro para a grama mudava a cara das estrelas; agora, elas são as mesmas
C
OM O FIM da temporada de
saibro, o início da de grama e
às vésperas de Wimbledon, os
personagens do tênis costumavam
mudar. Saíam espanhóis, argentinos, os latinos, de um modo geral, e
entravam americanos, australianos,
alguns britânicos também.
Sumiam aqueles raçudos com a
roupa suja, apareciam os silenciosos
impecavelmente em seus uniformes
brancos. Muitos melhores do mundo sorriam, outros diziam que a grama servia para as vacas pastarem.
Nos últimos anos, coube só a Roger Federer ser mencionado nesta
época. Não à toa: sem Pete Sampras,
outros americanos, australianos,
não havia ninguém capaz de fazer
frente ao suíço. Federer era a aposta
certa na grama; o resto, o resto.
Nesta semana, o esforço para tirar
do suíço a exclusividade da atenção
chegou a níveis nunca antes vistos.
"Andy Roddick, Tomas Berdych e
Marcos Baghdatis reafirmam o status de maiores desafiantes do tetracampeão Roger Federer na semana
anterior a Wimbledon", diz um texto da ATP distribuído anteontem.
Besteira. Atualmente, os personagens não mudam mais nesta transição. Hoje, no saibro e na grama, só
existem Federer e Rafael Nadal, espanhol especialista na terra batida,
por enquanto só lá capaz de fazer
frente ao suíço, mas sobre quem paira toda a curiosidade agora.
Curiosidade não por sua nacionalidade (há 41 anos um espanhol não
é campeão em Wimbledon -só em
Roland Garros, foram nove no período), nem pelo favoritismo (Federer é o grande favorito, lembre-se).
Mas por pura e mera curiosidade.
Até onde Nadal chega? Que armas
usará na grama? Como a confiança
com as oito vitórias sobre Federer
será usada no piso favorito do rival?
O sucesso nas quadras mais rápidas
mostra alguma coisa sobre Nadal?
Mais: no ano passado, quieto, Nadal saiu de dois sets atrás na segunda
rodada, quando parecia normal cair,
derrotou Andre Agassi na terceira e
foi à final de Wimbledon. Conseguirá ir tão longe quanto? E, algo até
pouco tempo atrás impossível de se
pensar, tem Nadal condições de algum dia fechar o Grand Slam?
Wimbledon, na temporada de grama, é o próximo (e mais interessante) capítulo do campeão do saibro.
EM CURITIBA
Thales Turini, Paula Gonçalves
(18 anos), Christian Lindell, Maria
Claudia Sant'Anna (16), Marcos
Dias, Liz Bogarin (14), Antonin
Haddad e Beatriz Maia (12) venceram a terceira etapa da Credicard
Citi MasterCard Juniors Clube.
EM ITAJAÍ
O Itamirim Clube de Campo recebe a partir de hoje os jogos da segunda etapa do Circuito Unimed.
Os jogos da chave principal começam na sexta e vão até o domingo.
NA TV
Mark Philippoussis volta à cena.
Mas na TV: estará de um reality
show romântico na NBC dos EUA.
reandaku@uol.com.br
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