São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

memória

Treino para GP ficou vazio há 26 anos

DA ENVIADA A MAGNY-COURS

Uma greve de pilotos não seria novidade na F-1. Há 26 anos, a Fisa, substituída mais tarde pela FIA, teve de lidar com boicote às vésperas do GP da África do Sul, primeira prova daquele Mundial.
O pivô da crise, assim como agora, era a superlicença.
Na ocasião, porém, os pilotos reclamavam por uma cláusula recém-introduzida na permissão, que afirmava que eles teriam de se comprometer exclusivamente com suas equipes para o Mundial de F-1 e que não poderiam fazer nada que prejudicassem os interesses morais ou materiais do campeonato e do automobilismo.
Liderados pelos ferraristas Didier Pironi e Gilles Villeneuve, e por Niki Lauda, da McLaren, que se recusaram a assinar o documento, os pilotos criaram um impasse, já que não poderiam correr em Kyalami se não tivessem a superlicença.
Lauda e Pironi alugaram um ônibus, no qual todos os pilotos, à exceção de Jochen Mass, foram para um hotel no subúrbio. Para evitar deserções, eles se trancaram em uma sala de conferências, onde passaram a noite.
No dia seguinte, Pironi encontrou-se com Jean-Marie Balestre, presidente da Fisa, para tentar um acordo. Na pista, só Mass participava do treino. Depois de ter a garantia de que não seriam punidos, os pilotos decidiram participar da classificação, mas souberam depois que seriam multados e suspensos. Alain Prost venceu.
Mais tarde, a Fisa diminuiu as penas, e uma alteração na superlicença encerrou o problema. (TC)


Texto Anterior: Correr fica mais caro, e pilotos cogitam greve
Próximo Texto: Vôlei: Brasil pega rival que joga seu ano na Liga
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.