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memória
Treino para GP ficou vazio há 26 anos
DA ENVIADA A MAGNY-COURS
Uma greve de pilotos não
seria novidade na F-1. Há 26
anos, a Fisa, substituída mais
tarde pela FIA, teve de lidar
com boicote às vésperas do
GP da África do Sul, primeira
prova daquele Mundial.
O pivô da crise, assim como agora, era a superlicença.
Na ocasião, porém, os pilotos reclamavam por uma
cláusula recém-introduzida
na permissão, que afirmava
que eles teriam de se comprometer exclusivamente
com suas equipes para o
Mundial de F-1 e que não poderiam fazer nada que prejudicassem os interesses morais ou materiais do campeonato e do automobilismo.
Liderados pelos ferraristas
Didier Pironi e Gilles Villeneuve, e por Niki Lauda, da
McLaren, que se recusaram a
assinar o documento, os pilotos criaram um impasse, já
que não poderiam correr em
Kyalami se não tivessem a
superlicença.
Lauda e Pironi alugaram
um ônibus, no qual todos os
pilotos, à exceção de Jochen
Mass, foram para um hotel
no subúrbio. Para evitar deserções, eles se trancaram
em uma sala de conferências,
onde passaram a noite.
No dia seguinte, Pironi encontrou-se com Jean-Marie
Balestre, presidente da Fisa,
para tentar um acordo. Na
pista, só Mass participava do
treino. Depois de ter a garantia de que não seriam punidos, os pilotos decidiram
participar da classificação,
mas souberam depois que
seriam multados e suspensos. Alain Prost venceu.
Mais tarde, a Fisa diminuiu as penas, e uma alteração na superlicença encerrou o problema.
(TC)
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