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Investidores querem distância do Clube dos 13
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DO PAINEL FC
Os principais investidores do
futebol brasileiro ficaram descontentes com o resultado das negociações entre Gama, CBF e Clube
dos 13, que pode levar o Brasileiro-2000 a ter 25 participantes.
Alberto Dualib, presidente do
Corinthians, lamentou a situação
e afirmou que, por orientação do
HMTF, fundo norte-americano
parceiro do clube paulista, era radicalmente contra a virada de mesa. ""No que depender da gente, o
Brasileiro continua com 20 times
e o Bahia e o Fluminense permanecem na segunda divisão."
Para o dirigente, a CBF deveria
assumir as rédeas do torneio -""a
obrigação (de organizar o Brasileiro) é dela"- e não lavar as
mãos, como vinha fazendo.
""Não tinha cabimento mesmo
fazer a Copa Havelange, realizar
980 jogos sem sentido. Isto tudo
só afugenta os investidores. A
sorte nossa é que já tínhamos
acertado com a Hicks Muse."
Dualib lamentou ainda a postura do Clube dos 13 -""quiseram
dar um jeito de colocar Bahia e
Fluminense na primeira divisão e
não deixar o Botafogo cair e bagunçaram mais do que qualquer
coisa"- e disse que a tendência,
agora, é de os investidores ficaram longe da associação.
""É o nosso caso. Recusamos renovar contrato com a Globo até
2004 (o do Corinthians vai até
2001) e negociamos os direitos de
Internet por conta própria. É por
isso que temos hoje o melhor site
do país, enquanto os outros clubes ainda estão engatinhando."
Como o Cruzeiro também tem
parceria com o HMTF, o time mineiro começa a seguir o exemplo
do Corinthians, afastando-se,
pouco a pouco, da influência da
associação que reúne 20 dos principais times do país.
Com a ISL, gigante do marketing esportivo que tem parceria
com o Flamengo e assinou contrato ontem com o Grêmio, a situação não é muito diferente.
O clube carioca, por exemplo, já
avisou o Clube dos 13 que sua intenção, agora, é negociar por conta própria -leia-se ISL- direitos de TV, vídeo e outras mídias
eletrônicas.
No início do mês, a associação
dos maiores times do país levantou a hipótese de vender em conjunto, para um patrocinador comum, espaço no uniforme de todos seus sócios que estivessem
sem patrocínio na camisa.
A idéia não foi aceita pela ISL,
cuja parceria com o Grêmio, formalizada ontem, durará 15 anos.
Assim como acontece com o
Flamengo, a tendência do Grêmio, justamente o clube de origem de Fábio Koff, presidente do
Clube dos 13, também é o de iniciar um trabalho mais independente da associação.
Por orientação da ISL, o time
gaúcho não venderá com os demais sócios da entidade os direitos de Internet.
O Palmeiras, que negociou parceria com a Globo e conversa
com a própria ISL, também tem
reclamado da postura do Clube
dos 13, especialmente pela virada
de mesa a favor de Bahia e Flu.
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