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Luxemburgo chega a cogitar saída, mas recua
DO ENVIADO A FOZ DO IGUAÇU
Depois do vexame da seleção
brasileira em Assunção, o técnico
Wanderley Luxemburgo admitiu,
pela primeira vez, deixar o cargo
durante as eliminatórias.
""Se nós não reagirmos logo, eu e
os jogadores não estamos preparados (para as eliminatórias)",
afirmou Luxemburgo na madrugada de ontem, logo após a derrota em Assunção.
Luxemburgo tem contrato para
comandar a seleção até o final da
Copa do Mundo de 2002, mas titubeou ao ser questionado se deixará o cargo após mais um fracasso da equipe.
""A pergunta deve ser feita ao
doutor Ricardo Teixeira (presidente da Confederação Brasileira
de Futebol)", disse o treinador.
Teixeira assistiu a partida no estádio Defensores del Chaco. Mesmo assim, o dirigente se recusou a
comentar o vexame da seleção
brasileira em Assunção.
Após o jogo, Teixeira não viajou
no avião fretado pela CBF para os
jogadores voltarem até Foz do
Iguaçu. Ele preferiu permanecer
na capital paraguaia.
Ontem, porém, em nova entrevista coletiva, já em Foz do Iguaçu, Luxemburgo, mais calmo, voltou atrás.
"Não tem nada a ver. Em momento algum pensei em abandonar a seleção", declarou. A mudança de atitude teria sido motivada por uma conversa de Luxemburgo com a cúpula da CBF.
O treinador também disse que a
seleção brasileira terá que vencer
os argentinos ""ou então poderá se
complicar".
Após o fracasso em Assunção, o
time comandado por Luxemburgo continua sem convencer nas
eliminatórias sul-americanas.
Embora a campanha não seja
tão ruim, o desempenho da seleção é pífio. A equipe soma apenas
oito pontos após a quinta rodada
-com duas vitórias, dois empates e uma derrota.
Além da campanha irregular do
time, Luxemburgo ainda não
conseguiu definir um grupo para
a disputa da competição.
Apesar de preferir não falar sobre o seu futuro, o treinador não
acredita que a seleção ficará de fora da Copa do Mundo.
Ontem, Luxemburgo deu uma
bronca em todos os jogadores por
causa do vexame em Assunção.
""Depois de cinco rodadas, temos que acordar para as eliminatórias. Agora, temos que mudar o
comportamento. Cada jogo deverá ser uma decisão", afirmou o
treinador. Antes, Luxemburgo
sempre tinha uma justificativa
para a má atuação da seleção.
""Sei que estamos devendo. A
cobrança será para todos", acrescentou o técnico.
Para explicar a má atuação da
sua equipe na última partida, Luxemburgo apelou para ""o fator
emocional".
""O fator emocional tem que ser
pesado. Algo pode estar faltando.
Nesta semana, vamos trabalhar
muito este lado", declarou Luxemburgo.
Para o jogo contra a Argentina,
o técnico disse que os jogadores e
a comissão técnica terão que suportar as cobranças.
(SR)
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