São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BASQUETE
Paulistas exigem prioridade na escolha de datas
Dirigente de SP impõe restrições a acordo com Federação do Rio

FÁBIO ZAMBELI
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da FPB (Federação Paulista de Basquete), Toni Chakmati, quer impor restrições ao acordo que deve ser fechado entre dirigentes paulistas e cariocas da modalidade para a reformulação do calendário de competições regionais femininas.
O pacto tem como objetivo principal evitar o "esvaziamento" dos campeonatos estaduais em razão das mudanças de sedes de equipes e da criação de novos núcleos da categoria fora do Estado do São Paulo.
Representantes das duas federações e da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) estarão reunidos no sábado, em Ribeirão Preto (SP), para definir a formatação dos torneios, que seriam curtos e ocorreriam em datas diferentes, entre outubro e fevereiro.
Com a proposta, equipes como Vasco e Paraná disputariam o Paulista e o Estadual do Rio. A alteração abriria ainda precedente para que times de São Paulo, como a Quaker/Jundiaí e a Arcor/ Santo André, possam também participar do campeonato fluminense, por meio de parcerias com clubes daquele Estado.
Para o dirigente paulista, qualquer readequação para permitir a realização de "torneios relâmpagos" deve ser ditada por São Paulo, que possui o torneio regional com mais tradição no país.
"Sou favorável à negociação para a realização de um campeonato de 20 ou 30 dias no Rio, mas não vamos admitir o achatamento do Paulista", disse Chakmati.
O diretor do departamento feminino da Federação do Rio, Guilherme Kroll, crê no desfecho positivo das negociações.
"Todos seriam beneficiados. Só dependemos do bom senso do Toni (Chakmati, da Federação Paulista)." Kroll acredita que 40 dias seriam suficientes para a organização de um torneio "compacto" no Rio de Janeiro.
A idéia foi encampada pela direção do Vasco, que montou um "supertime" para o segundo semestre e espera manter em atividade suas jogadoras, que serão comandadas pela técnica Maria Helena Cardoso.
"A alternativa que vem sendo estudada é interessante para clubes e patrocinadores", disse o vice-presidente de esportes olímpicos do Vasco, Fernando Lima, que cogita efetivar uma parceria com Piracicaba (SP).
O Paraná, time dirigido pela ex-jogadora Hortência Marcari, estuda parcerias com Santos, Sorocaba e Carapicuíba.
Nas contas dos dirigentes, oito equipes disputariam a versão reduzida do Estadual do Rio e nove times participariam do Paulista.
Para a pivô Karina Rodrigues, que também coordena a Quaker/Jundiaí, o pacto pode permitir que a modalidade mantenha atividade durante 10 meses anuais -o que favoreceria a captação de recursos junto aos patrocinadores. "É preciso deixar de lado a vaidade para promover mudanças", disse. Pela tese da jogadora, seria possível realizar os torneios regionais em quatro meses e o Nacional em seis meses.


Texto Anterior: Resultado faz atleta perder um patrocínio
Próximo Texto: Torneio "tampão" reúne seis equipes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.