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BASQUETE
Paulistas exigem prioridade na escolha de datas
Dirigente de SP impõe restrições a acordo com Federação do Rio
FÁBIO ZAMBELI
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da FPB (Federação
Paulista de Basquete), Toni Chakmati, quer impor restrições ao
acordo que deve ser fechado entre
dirigentes paulistas e cariocas da
modalidade para a reformulação
do calendário de competições regionais femininas.
O pacto tem como objetivo
principal evitar o "esvaziamento"
dos campeonatos estaduais em
razão das mudanças de sedes de
equipes e da criação de novos núcleos da categoria fora do Estado
do São Paulo.
Representantes das duas federações e da CBB (Confederação
Brasileira de Basquete) estarão
reunidos no sábado, em Ribeirão
Preto (SP), para definir a formatação dos torneios, que seriam curtos e ocorreriam em datas diferentes, entre outubro e fevereiro.
Com a proposta, equipes como
Vasco e Paraná disputariam o
Paulista e o Estadual do Rio. A alteração abriria ainda precedente
para que times de São Paulo, como a Quaker/Jundiaí e a Arcor/
Santo André, possam também
participar do campeonato fluminense, por meio de parcerias com
clubes daquele Estado.
Para o dirigente paulista, qualquer readequação para permitir a
realização de "torneios relâmpagos" deve ser ditada por São Paulo, que possui o torneio regional
com mais tradição no país.
"Sou favorável à negociação para a realização de um campeonato
de 20 ou 30 dias no Rio, mas não
vamos admitir o achatamento do
Paulista", disse Chakmati.
O diretor do departamento feminino da Federação do Rio, Guilherme Kroll, crê no desfecho positivo das negociações.
"Todos seriam beneficiados. Só
dependemos do bom senso do
Toni (Chakmati, da Federação
Paulista)." Kroll acredita que 40
dias seriam suficientes para a organização de um torneio "compacto" no Rio de Janeiro.
A idéia foi encampada pela direção do Vasco, que montou um
"supertime" para o segundo semestre e espera manter em atividade suas jogadoras, que serão
comandadas pela técnica Maria
Helena Cardoso.
"A alternativa que vem sendo
estudada é interessante para clubes e patrocinadores", disse o vice-presidente de esportes olímpicos do Vasco, Fernando Lima,
que cogita efetivar uma parceria
com Piracicaba (SP).
O Paraná, time dirigido pela ex-jogadora Hortência Marcari, estuda parcerias com Santos, Sorocaba e Carapicuíba.
Nas contas dos dirigentes, oito
equipes disputariam a versão reduzida do Estadual do Rio e nove
times participariam do Paulista.
Para a pivô Karina Rodrigues,
que também coordena a Quaker/Jundiaí, o pacto pode permitir que a modalidade mantenha
atividade durante 10 meses
anuais -o que favoreceria a captação de recursos junto aos patrocinadores. "É preciso deixar de lado a vaidade para promover mudanças", disse. Pela tese da jogadora, seria possível realizar os
torneios regionais em quatro meses e o Nacional em seis meses.
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