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São Paulo e Washington veem fim de jejum
Time volta a vencer após três partidas, e artilheiro marca depois de oito jogos
São Paulo 2
Santos 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o clássico não serviu para
o torcedor são-paulino se empolgar com a atuação de seu time, pelo menos trouxe alívio
para um jogador: Washington.
O camisa 9, artilheiro do time
do Morumbi neste ano, com 18
gols em 32 jogos, estava havia
oito jogos sem marcar. E por
conta do mau momento, Washington assistira aos últimos
dois confrontos do São Paulo
do banco de reservas.
Ontem, porém, o atacante,
artilheiro dos Brasileiros de
2004 e 2008, finalmente desencantou. Marcou os dois gols
são-paulinos, chorou no intervalo e foi o principal nome da
vitória por 2 a 1 sobre o Santos.
"Foi um grande dia, mas tenho que dizer que meus companheiros me ajudaram muito.
Só eu sei o que enfrentei nos últimos tempos", afirmou o atacante, que ontem substituiu
Borges, suspenso.
"Não é normal eu ficar no
banco. É até um pouco diferente, mas vou fazer de tudo para
buscar de volta a vaga no time."
O camisa 9 foi elogiado inclusive pelos adversários. "O que
definiu o clássico foi a qualidade do Washington", declarou o
goleiro santista, Douglas.
No Morumbi, os times surpreenderam na escalação. O
São Paulo voltou ao 3-5-2, com
Miranda, André Dias e Renato
Silva na zaga, Jean na lateral direita e Richarlyson e Hernanes
de volta ao meio-campo.
As mudanças atingiram até
mesmo o gol -Bosco voltou ao
time, no lugar de Denis, arqueiro titular nos últimos 11 jogos.
"Não foi uma mudança técnica. O Bosco se recuperou e é
normal que, como segundo goleiro, ele volte", disse o técnico
Ricardo Gomes, que, além do
arqueiro de 22 anos, também
barrou o volante Zé Luís, que
atuou como lateral-direito nos
últimos jogos. "Ele não foi bem,
e preferi deixá-lo só treinando
nesta semana", completou.
Já o Santos não contou com
seu principal atacante, Kléber
Pereira. Segundo o diretor de
futebol Adilson Durante Filho,
o camisa 9, com dores no joelho
após uma dividida com Douglas
no sábado, foi barrado pelo departamento médico.
As mudanças, porém, não
significaram melhoras significativas. No primeiro tempo, o
São Paulo mantinha a posse de
bola, enquanto o Santos tentava os contra-ataques.
As chances de gol, porém,
eram escassas. O que se destacava no Morumbi eram os erros
de passe e cruzamento.
Mesmo assim, o time da casa
teve as melhores chances, enquanto a equipe litorânea tinha
dificuldade em chegar à área.
Aos 9min, Washington obrigou
Douglas a fazer boa defesa. Seis
minutos depois, foi a vez de Dagoberto, em uma cabeçada, fazer o goleiro trabalhar.
E foi quase isso, ao longo de
todo o primeiro tempo. Até
que, aos 45min, Dagoberto cruzou para Washington, que, de
cabeça, abriu o placar.
O Santos empatou dois minutos depois. Germano cruzou,
Roni se antecipou a Bosco e fez.
No começo da etapa final,
uma falha coletiva da defesa
santista permitiu a Washington marcar seu segundo tento.
Aos 5min, Dagoberto recebeu a bola livre, mas finalizou
em cima de Douglas. O camisa 9
pegou o rebote e chutou para as
redes. A bola ainda desviou em
Astorga antes de entrar.
Com o resultado adverso, o
Santos passou a chegar mais ao
ataque. As chances criadas pela
equipe, porém, eram desperdiçadas em finalizações sofríveis.
Mesmo as entradas dos atacantes Neymar, Felipe Azevedo
e Tiago Luís, no lugar de Pará,
Paulo Henrique e Roni, não aumentaram a eficiência do ataque santista. A melhor chances
aconteceu aos 37min, em uma
cabeçada de Felipe Azevedo,
defendida na linha por Bosco.
"Não merecíamos a derrota.
O jogo foi igual, perdemos por
detalhes", disse o lateral Léo.
Os dois times voltam a campo na quarta-feira, pelo Brasileiro. O São Paulo enfrenta o
Internacional, em Porto Alegre, enquanto o Santos recebe o
Atlético-PR, na Vila Belmiro.
(CAROLINA ARAÚJO E RICARDO VIEL)
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