São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 2011

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Itaquerão sai, mas clube evita custos já

2014
Corintianos tentam postergar assinatura com Odebrecht para ter despesa apenas após fim da obra


DE SÃO PAULO

Após negociação de quase um ano, o Corinthians fechou acordo com a Odebrecht em relação ao preço do Itaquerão, favorito para receber a abertura da Copa.
Mas a assinatura do contrato ainda não tem data definida, uma vez que o clube tenta adiá-la para postergar o pagamento à empreiteira.
O orçamento da arena ficou em R$ 820 milhões, valor intermediário entre o R$ 1,1 bilhão pedido pela construtora e os R$ 650 milhões estimados pelo clube.
São duas as fontes de renda para realizar o empreendimento. A Prefeitura de São Paulo deu R$ 420 milhões por meio de incentivo fiscal.
Essa concessão será assinada hoje pelo prefeito Gilberto Kassab em evento no terreno de Itaquera que contará com a presença do governador Geraldo Alckmin.
Os R$ 400 milhões restantes serão viabilizados por empréstimo do BNDES, que deverá ser pago pelo Corinthians. A vantagem é o prazo dado para o pagamento.
A Odebrecht, por meio de um banco repassador, obterá o empréstimo com o BNDES. Essa operação precisa ser finalizada, pois há seis bancos candidatos a intermediário.
Por enquanto, a empreiteira banca as obras, que já estão na fase de fundação das bases para a construção, com recursos próprios.
O Corinthians só terá de começar a desembolsar dinheiro dois anos depois da assinatura do contrato.
Por isso, ainda há uma negociação em relação à data para firmar o acordo. O clube tem o interesse de assinar no final deste ano, enquanto a empreiteira quer formalizar o acordo imediatamente.
Explica-se: o Corinthians só começa a pagar a empreiteira dois anos depois da formalização do acordo. O clube estima desembolsar R$ 430 milhões, com juros.
O objetivo corintiano é começar a pagar quando o estádio estiver, de fato, em funcionamento. Assim, poderia usar receitas geradas pela arena para fazer a quitação.
A falta de pressa do clube na assinatura é explicada por não ser necessário apresentar o contrato à Fifa. A Odebrecht já deu as garantias financeiras para a entidade. (RODRIGO MATTOS)


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