São Paulo, Terça-feira, 20 de Julho de 1999
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Comissão de arbitragem ameaça 2006

SÉRGIO RANGEL
da Sucursal do Rio

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Armando Marques, disse ontem achar difícil escalar dois árbitros por partida nas competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol em 1999.
Ontem, a Fifa, entidade que rege o futebol mundial, homologou a entidade brasileira para realizar testes com dois juízes em um mesmo jogo -a CBF, em campanha para receber a Copa-2006, se prontificou a fazer testes para manter boas relações com a Fifa.
""As Séries A e B do Brasileiro não são lugares para experiência. Quem pagará os prejuízos caso ocorram erros?", disse Marques.
""Além disso, as instruções enviadas pela Fifa para a utilização dos dois árbitros são insuficientes. Vou pensar muito, inclusive vou reunir amanhã (hoje) todos os integrantes da comissão para discutir o assunto", disse.
Segundo comunicado da Fifa, o Brasileiro teria dois juízes na primeira divisão. Além do Brasil, Itália, EUA, Malásia e Egito podem fazer testes com dois árbitros.
Marques disse que também vai se encontrar com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Segundo ele, existe apenas uma hipótese para escalar dois árbitros em uma partida neste ano.
""Vou esperar um dos campeonatos se definir para fazer as experiências. Caso não consiga, vou repassar a experiência para os Estaduais (que só serão abertos a partir de janeiro do ano que vem)", afirmou Marques.
O Paulista deve ter dois árbitros.
A Fifa pediu às federações que vão realizar testes que divulguem um calendário com os jogos que terão dois árbitros. Inspetores da entidade viriam assistir aos jogos.
Marques disse ontem que não vai aceitar imposições no seu trabalho, caso a CBF insista em realizar as experiências nas Séries A e B do Brasileiro em 1999.
""Se eles insistirem, podem botar outro presidente no meu lugar. Não quero é prejudicar a arbitragem", disse o dirigente.
Marques assumiu a Comissão de Arbitragem da CBF em 1997. Ele substituiu Ivens Mendes, acusado de montar um esquema de manipulação de resultados.


Colaborou RODRIGO BUENO, da Reportagem Local

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