Treinador deve seguir no comando da equipe pelo menos nos dois próximos jogos das eliminatórias

Técnico aprova participação de Ronaldinho, convocado pelo presidente da CBF, e passa a elogiar Messi depois da derrota para a Argentina

DOS ENVIADOS A PEQUIM

A apertada agenda da seleção nos próximos meses é a mais forte aliada de Dunga para continuar no comando da equipe.
Apesar do fracasso nos Jogos, a CBF avalia que este não é o momento ideal para mudar de treinador. O motivo, os próximos dois jogos pelas eliminatórias à Copa, em setembro.
Amanhã, Dunga chama os jogadores para as partidas contra Chile e Bolívia, nos dias 7 e 10.
Depois, em 11 e 14 de outubro, a seleção pega Venezuela e Colômbia. A Folha apurou que é nesse intervalo que a CBF vai avaliar a situação do treinador.
O Brasil hoje ocupa a quinta posição no qualificatório -os quatro primeiros se classificam para o Mundial, e o quinto precisa jogar uma repescagem.
Ontem, após a derrota, Dunga afirmou estar preparado para o aumento da pressão. E disse garantir a permanência dos dois maiores nomes da campanha olímpica: Ronaldinho e ele.
"Vou dar seqüência ao trabalho que está programado desde o início. É lógico que vão aumentar a pressão e o questionamento, mas é neste momento que você vê a reação de cada um", disse. "A seleção vem de um título na Copa América... A vida do esportista é assim."
Fiador do desempenho de Ronaldinho desde que a convocação foi imposta por Ricardo Teixeira, o técnico classificou o meia-atacante de exemplar.
"O Ronaldinho foi exemplo em todos os momentos. Não é só em campo, é extracampo também", afirmou Dunga, que não avaliou detalhadamente o jogador, mas deixou clara a percepção de que ele não voltou ao futebol de outrora.
"É normal, na Olimpíada ele não iria chegar àquele nível que a gente conhece. Mas ele tem muito futuro na seleção brasileira, vai jogar muito ainda, vai nos dar muitas alegrias."
Sobre a partida, o técnico disse que foi "o típico jogo em que o time que sai na frente leva vantagem". E elogiou Messi -antes, desdenhara da importância dele para a seleção rival.
"A qualidade do Messi todos conhecem. Já jogamos outras partidas contra ele e sabemos como é. Tem dia que dá para marcar, tem dia que não dá. Isso é a qualidade individual."
Por fim, prometeu empenho na disputa do bronze. "Quando o ouro não é possível, tem que manter a postura e tentar vencer." (PAULO COBOS E FÁBIO SEIXAS)


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