São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 2006
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TOSTÃO O enigma da Copa
NO RECENTE congresso da Fifa, com as presenças dos técnicos das seleções, que trabalharam ou não na Copa, todos
concordaram que a qualidade técnica do Mundial foi uma decepção.
Qual o principal motivo desse fracasso? Este é o grande mistério para
os treinadores. No congresso, eles
não chegaram a nenhuma conclusão. Dizem que foi criada uma comissão de notáveis, formada por
treinadores, matemáticos, psicólogos e amigos da Fifa para esclarecer
o grande enigma. Provavelmente
irão concluir que foi o acaso.
Os técnicos presentes ao congresso da Fifa devem achar que o Barcelona é um time atípico, excêntrico e que não serve de referência. No tradicional 4-4-2, utilizado também pelo Brasil na Copa, os times jogam com dois volantes, um meia aberto de cada lado e dois atacantes. Uma variação, bastante usada pelos técnicos brasileiros, é atuar com uma linha de três no meio-campo e mais um meia ofensivo próximo dos dois atacantes. Nenhuma das principais seleções jogou dessa forma na Copa. Outra variação, abandonada há muito tempo pelos técnicos europeus e comum ainda no Brasil, é escalar dois meias ofensivos perto de dois atacantes, como faz o atual time do Corinthians e jogou o São Paulo contra o Internacional. Nesse esquema, há quatro jogadores próximos do gol adversário, mas os dois volantes ficam sobrecarregados na marcação e as jogadas ofensivas, muito centralizadas, como tem ocorrido no Corinthians com os meias Carlos Alberto e Roger. No São Paulo, isso não aconteceu porque Danilo atuou quase como um ponta-esquerda. Colaborador Segundo informações do jornal "Estado de Minas", Ricardo Gomes, técnico do Bordeaux, será colaborador do Dunga na Europa, observando jogadores e passando informações para o técnico. Boa escolha. Ricardo Gomes é bastante respeitado na Europa. Aliás, aproveito para corrigir com várias semanas de atraso o erro que cometi ao escrever que Ricardo Gomes foi zagueiro da seleção na Copa de 94. Ele se contundiu e foi cortado. Não confie na memória de um homem que chega aos 60 anos. tostao.folha@uol.com.br Texto Anterior: Régis Andaku: Mocinhos e vilões Próximo Texto: Santos traça plano para ganhar sete seguidas Índice |
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