São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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Joguinho

Após erros dos treinadores , gol depois do intervalo salva clássico de pouco público então fadado a 0 a 0

Ricardo Nogueira/Folhapress
Valdivia lamenta chance perdida, ontem

Palmeiras 0
São Paulo 2
Lucas, aos 10min, e Fernandão, aos 32min do 2º tempo

JOSÉ RICARDO LEITE
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Ninguém maltratou tanto o Palmeiras nesta década quanto o São Paulo. E poucos maltrataram tanto a bola quanto Palmeiras e São Paulo ontem, no Pacaembu.
No último encontro dos rivais nos anos 2000, foi assim. Apesar do pouco público no Pacaembu -apenas 15.011 pagantes-, da má fase de ambos e dos erros de seus treinadores, o São Paulo derrotou o Palmeiras por 2 a 0 pelo Campeonato Brasileiro.
Em 34 jogos nesta década, o São Paulo ganhou o dobro do Palmeiras: 16 a 8. Mais: eliminou o rival da Taça Libertadores duas vezes seguidas. Os palmeirenses deram o troco nas semifinais do Paulista de 2008. Novo revide, agora, só no ano que vem.
No confronto de um treinador que ganha hoje 70 vezes mais do que o outro, prevaleceu a sorte do mais "pobre".
Foi o primeiro clássico vencido por Sérgio Baresi, e a primeira derrota de Luiz Felipe Scolari ante um arquirrival em seu retorno ao Brasil.
Até os 10min do segundo tempo, a partida parecia fadada a um sonolento 0 a 0. Um balão de Rogério e um chute de Lucas, ex-Marcelinho, deram vida ao clássico.
Parte deste mérito, justiça seja feita, foi justamente pelas escolhas dois treinadores.
Sim, o São Paulo triunfou, porém pode-se afirmar que ontem foi apenas menos pior do que o Palmeiras, agora a longos nove pontos do G4.
O São Paulo começou melhor: Ilsinho voava na lateral direita e o meio de campo funcionava. Mas o atleta saiu lesionado aos 20min, após trombada com adversário.
Então, Baresi lançou mais um volante no meio (Zé Vitor) e deslocou o volante Jean para a vaga na lateral direita.
Foi o erro são-paulino.
O São Paulo simplesmente parou de atacar, e o Palmeiras cresceu no jogo. Scolari, então, foi expulso aos 24min, acusado de ofender o árbitro.
Da arquibancada, ele viu Ewerthon machucar-se aos 40min. Em vez de lançar mais um atacante, o técnico Scolari avançou Valdivia ao ataque e apostou em Tinga no meio de campo alviverde.
Foi o erro palmeirense.
Perdeu a chance de ter Valdivia, seu cérebro, ainda que mal na partida, servindo a dois atacantes. Tinga teria a missão de armar o time.
O presságio era de uma segunda etapa horrorosa. Mas, aos 10min, Rogério iniciou a jogada com um chutão, seguido de toques de cabeça de Fernandão e Jorge Wagner, e um belo chute de Lucas: 1 a 0.
O Palmeiras foi para cima. O São Paulo investiu nos contra-ataques. Os sustos palmeirenses foram poucos.
O São Paulo tinha todo o espaço para matar o jogo. Aos 32min, Lucas disparou pela direita e tocou para Fernandão, que dominou e chutou forte, fechando o placar.



ANTES
Palmeiras joga melhor no início do primeiro tempo. Ewerthon se machuca, e Luiz Felipe Scolari coloca o volante Tinga.

DURANTE
Na segunda etapa, o São Paulo aproveita erros do Palmeiras e, após chute de Rogério, marca com Lucas, o melhor do time.

DEPOIS
Luiz Felipe Scolari volta atrás no que havia feito e coloca o atacante Luan na vaga de Márcio Araújo. Mas nada muda.

PALMEIRAS 0
Deola, Vítor, Mauricio Ramos, Danilo e Fabrício (Patrik); Pierre, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Valdivia; Tadeu e Ewerthon (Tinga) T.: Luiz Felipe Scolari

SÃO PAULO 2
Rogério, Ilsinho (Zé Vítor), Alex Silva (R. Silva), Miranda e Richarlyson; Casemiro, Jean, R. Souto e Jorge Wagner; Lucas (Dagoberto) e Fernandão T.: Sérgio Baresi

Estádio: Pacaembu / Árbitro: José H. de Carvalho (SP) / Renda: R$ 416.675 / Público: 15.011 pagantes



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