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JUCA KFOURI
Fábula fabulosa
Nabi Abi Chedid é o homem
que Ricardo Teixeira indicou
como representante da CBF
na Confederação Sul-Americana de Futebol.
Pois acertou na mosca.
Ninguém mesmo melhor que
ele para tal empreitada.
Homem provado na administração do futebol, brilhante patrono do Bragantino,
ex-vice-presidente da CBF na
gestão de Octavio Pinto Guimarães, talvez a melhor de todas na história de entidade,
lutador destemido em defesa
dos interesses de seu clube
-tanto que por diversas vezes invadiu gramados para
defender a moralidade-, deputado estadual que honra a
vida política de São Paulo e,
ainda por cima, pai do celebrado Marquinho Chedid, deputado federal cujo passado
dispensa elogios.
Pena que Eurico Miranda,
outro deputado federal de
grande envergadura, não possa dividir responsabilidades
com Chedid, envolvido que está com outros afazeres.
Quem sabe se após dezembro, depois que Kleber Leite
eleger seu sucessor no Flamengo, o benemérito rubro-negro não possa fazer dupla com Chedid, ensinando
aos irmãos do continente os
segredos da boa gestão.
Não me pergunte, caro leitor, porque não incluí o também admirável Caixa D'Água
neste rol de dirigentes. O motivo é simples: ele ainda não
terminou seu serviço à frente
da federação do Rio.
E pensar que Eduardo Farah quer fazer oposição a Teixeira nas próximas eleições
da CBF!
É possível que Farah esteja
de olho na também anunciada profissionalização dos dirigentes da entidade.
Depois de anos e anos sacrificando sua vida pessoal e até
seu patrimônio pessoal para
bem servir ao futebol paulista,
eis que talvez Farah veja, enfim, a possibilidade de ser ressarcido, pelo menos em parte,
por um salário digno como
presidente da CBF.
Nada mais justo, embora
Teixeira também o mereça,
ele que não poupou esforços
para transformar a confederação que dirige em sinônimo
de credibilidade e respeito pelo país afora, melhor dizendo,
pelo mundo afora.
Verdade que, empresário vitorioso desde sempre (foram
inesquecíveis suas palavras
diante do risco de a seleção
brasileira não disputar a Copa de 1994, assim que perdeu
para a Bolívia. "'Vocês jornalistas, que vivem do futebol, é
que devem estar preocupados.
Eu não. Eu sou rico."), quem
sabe Teixeira hoje precise menos do cargo.
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