|
Próximo Texto | Índice
Ex-goleiro é anunciado como novo treinador da seleção
CBF chama técnico do Sport e arregimenta apoio paulista contra a CPI
Leão na cabeça
FERNANDO MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DO PAINEL FC
Eduardo José Farah conseguiu.
Desde ontem, Emerson Leão é o
novo técnico da seleção brasileira.
Com o anúncio do nome do
treinador, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, atende aos interesses do presidente da Federação
Paulista de Futebol, que é muito
amigo de Leão e defendia a indicação do ex-goleiro.
Um dos maiores opositores de
Teixeira, Farah, que sonha em assumir a presidência da CBF, defendia a CPI da CBF/Nike, instalada na Câmara Federal para investigar o contrato da entidade com a
multinacional. Após a confirmação do nome de Leão, alterou o
discurso, passando a se dizer contra a CPI.
""Ela só serve para gastar dinheiro do povo", disse ontem à Folha.
Essa não é a primeira vez que
Farah é assediado por Teixeira em
um momento difícil. Às vésperas
das últimas eleições para a presidência da CBF, Teixeira ofereceu
a seu desafeto, candidato não-declarado ao cargo, poder para organizar torneios nacionais. Depois de reeleito, voltou atrás.
Além do lobby de Farah, Leão,
que não é visto com bons olhos
pelo Clube dos 13 por trocar constantemente de clube, contou com
o apoio de Luciano Bivar, deputado federal pelo PSL-PE. Um dos
integrantes da CPI da CBF/Nike, o
dirigente, que é presidente do
Sport, dirigido por Leão, defendia
o nome do técnico para a seleção.
Ontem, o próprio Farah reconhecia a importância do lobby de
Pernambuco, em tempos de CPIs
do futebol, para a escolha de Leão.
Com isso, Levir Culpi, técnico
do São Paulo, também cotado para dirigir o time, acabou sendo
preterido. Em São Januário, Romário, responsável pelo desgaste
de Culpi, após troca de farpas
com o treinador, evitou se pronunciar sobre o novo técnico.
Próximo Texto: Novo técnico da seleção é sócio de presidente da FPF Índice
|