DA SUCURSAL DO RIO

Coadjuvante na decisão, Falcão foi o jogador mais festejado pelos torcedores no Maracanãzinho e o mais hostilizado pelos espanhóis. Eleito melhor do mundo pela Fifa, ele se contundiu no início do segundo tempo e foi obrigado a assistir do banco aos momentos finais do jogo.
"Esse é o dia mais feliz da minha vida. Sofri a lesão mais séria da carreira, mas a felicidade é maior que tudo", disse o ala. Os médicos suspeitam que Falcão tenha rompido os ligamentos do joelho.
"Sei que não preciso mostrar nada para ninguém, mas esse título tem um significado especial. Sempre podiam lembrar que eu não tinha o Mundial. Tirei mais de dez toneladas das minhas costas", acrescentou Falcão, que teve o seu nome gritado pelos torcedores no Maracanãzinho em vários momentos da final.
Já o espanhóis provocaram o jogador. Após marcar o segundo gol, Álvaro foi ao banco de reservas do Brasil e começou a gritar com o jogador. "Você está cagado. Não vai entrar no jogo", esbravejou.
"Não entendi nada. Estava com o gelo no joelho e o cara começou a me provocar. Infelizmente, a inveja faz parte da vida", disse Falcão, que, logo depois de Franklin defender a bola do título, aproveitou a comemoração para provocar os adversários.
Os espanhóis tentaram agredir o brasileiro várias vezes durante a cerimônia de premiação. Para evitar uma confusão maior em quadra, Falcão foi vigiado por dez seguranças.
"Ele mostrou que não sabe vencer. Foi covarde, deu um tapa no Álvaro pelas costas [após o fim do jogo]. O Falcão é um desconhecido na Europa e não é o melhor do mundo", disse o espanhol Kike.
"Não tenho condições de bater em ninguém, mas deixa eles falarem. Só falei para correrem para pegar o avião das oito da noite. Eles vão viajar de cabeça inchada", ironizou. (SR)

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